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Sarkozy insiste que se perder eleições o país fica igual a Espanha

Sarkozy afirmou que Espanha, "um país descrito há dez anos como o milagre da Europa, teve sete anos de Governo socialista, exactamente com a mesma política que propõe François Hollande, e hoje paga pela sua dívida o dobro do que a França paga"

19 de Abril de 2012 às 13:11
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O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, recandidato ao Eliseu, reafirmou hoje que se o rival socialista vencer as presidenciais de domingo o país ficará como a Espanha, que paga o dobro dos juros que a França paga pela dívida do Estado.

Sarkozy voltou hoje, em entrevista à rádio francesa "Europe1", a utilizar a Espanha como argumento eleitoral, numa altura em que as sondagens lhe são cada vez mais desaforáveis, e apontam para uma vitória confortável do socialista François Hollande.

O Presidente recandidato afirmou que Espanha, "um país descrito há dez anos como o milagre da Europa, teve sete anos de Governo socialista, exactamente com a mesma política que propõe François Hollande, e hoje paga pela sua dívida o dobro do que a França paga". A França paga juros de 2,86 por cento pela sua dívida, Espanha paga 06 por cento, disse Sarkozy.

"Há algum francês que queira hoje para a França o destino da Grécia ou da Espanha?", perguntou, garantindo depois que o caminho de um país que ele volte a presidir não será o da austeridade: "O esforço que espera o país [se eu vencer] não é o esforço do rigor, mas sim o de criar as bases de um novo modelo de crescimento", disse.

Nicolas Sarkozy considerou que o país corre perigo se Hollande ganhar as eleições e lembrou que, durante o seu mandato, os mercados não atacaram a França, que foi capaz de pagar as suas dívidas e reduzir o défice público, embora as agências de 'rating' lhe tenham descido a notação de AAA.

O Presidente fez ainda um esforço para demarcar o chefe do actual Governo espanhol, Mariano Rajoy, de centro direita, da situação da Espanha, afirmando que o líder do Partido Popular "é um homem de grande qualidade", sem "culpa alguma" da situação que o país vive.

A primeira volta das presidenciais francesas realiza-se no domingo. A segunda volta está marcada para 06 de maio.
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