Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Saiba o que fazer às suas acções durante o Verão

Os meses de Verão são historicamente parcos em negócios de bolsa. Para quem vai de férias, a melhor estratégia será apostar nas acções mais defensivas. Para os que continuam no mercado, o melhor será escolher títulos com menor risco de liquidez e que nego

08 de Junho de 2005 às 16:32
  • ...

O mercado começa a apresentar os primeiros sintomas de falta de liquidez, a antecipar os meses de Julho e Agosto, historicamente os mais fracos em termos de negócios em bolsa. Nos últimos quatro anos, as empresas que fazem parte do PSI-20 registaram, nos meses de Junho e Agosto, uma quebra superior a 20% no volume médio de transacções.

BES e Cimpor entre as mais defensivas.

A reduzida liquidez também tende a propiciar flutuações expressivas nas cotações e, para evitar surpresas desagradáveis no regresso das férias, é conveniente, para os investidores com um horizonte de investimento a mais curto prazo, manter acções mais defensivas na carteira. Ou seja, escolher valores que, num cenário de queda da bolsa possam cair menos do que o índice, embora tenham o inconveniente de, em caso de subidas, valorizarem menos do que o mercado. Numa análise à volatilidade dos últimos seis meses, o BES e a Cimpor apresen tam-se co mo as mais defensivas e ambos com um beta inferior à unidade.

PT e EDP são as mais líquidas.

Para os investidores que vão continuar a actuar no mercado nos meses de Julho e Agosto, a estratégia não deverá passar por tomar posições longas em acções pouco líquidas, já que a fraca actividade do mercado poderá tornar muito dispendiosa a inversão ou o fecho das posições. A Portugal Telecom (PT) e a EDP, quer em número de acções negociadas quer em valor, apresentam-se como as mais líquidas, ambas com uma média de negociação diária acima dos 20 milhões de euros.

Brisa e PT com «spreads» mais baixos.

Para os «traders» e para os investidores que entram e saem do mercado numa base diária, o diferencial entre o «bid» e o «ask» assume particular relevância. Analisando os dados mensais dos últimos 17 meses, a Brisa e a PT surgem como as cotadas com melhor relação dos preços de compra e venda.

A importância de um «bid-ask spread» apertado.

O «bid-ask spread» e o volume de negociação de uma acção estão interligados, sendo dois dos componentes mais importantes para aferir a liquidez de um título. O «bid» é o preço mais elevado que um comprador está disposto a pagar por uma acção e o «ask» é o preço mais baixo que o vendedor está disposto a receber para ceder o título. Para que ocorra uma transacção, o «bid» e o «ask» têm de se igualar logo, um «spread» sistematicamente elevado implica um baixo volume, enquanto um «spread» apertado é um indício de um volume mais elevado.

Por exemplo, num determinado momento, um «bid» de 10 euros e um «ask» de 11 euros, representa um «spread» elevado, tornando pouco provável a ocorrência de uma transacção, o que tem um impacto negativo no volume e na liquidez. Para que venha a ocorrer uma transacção, o «spread» terá de ficar mais apertado. Já um título que esteja a negociar com um «bid» de 10 euros e um «ask» de 10,05 euros, significa que o comprador e o vendedor estão prestes a chegar a um acordo sobre o preço. Logo, é provável que uma transacção venha a ocorrer brevemente. Se o «spread» se mantiver sistematicamente estreito, a liquidez tende a ser mais elevada.

Evitar ordens ao melhor.

Outra precaução em períodos de fraca liquidez prende-se não tanto com a escolha das empresas mas com a forma como se introduzem as ordens de bolsa. Os investidores deverão, quando possível, evitar as ordens de bolsa «ao melhor» e optar antes pelas ordens «com limite de preço».

As ordens «ao melhor» não têm qualquer limite para o preço de compra e venda, ficando o investidor sujeito ao melhor que o mercado nesse momento pode oferecer. Estas ordens podem ser particularmente «perigosas» porque sujeitam o investidor à conjuntura do mercado que, com a falta de liquidez, lhe poderá ser muito desfavorável.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio