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Sábado revela processo do caso Sócrates
Os argumentos da acusação e da defesa do caso Sócrates são esta quinta-feira divulgados pela revista Sábado que, num dossier de 22 páginas, revela o que está nas peças processuais.
Do lado da acusação identifica-se que o Grupo Lena ganhou mais de 200 milhões de euros em obras públicas entre 2007 e 2010 premiando Carlos Santos Silva com verbas que foram para a Suíça e que o Ministério Público (MP) diz pertencerem a José Sócrates.
A defesa do ex-primeiro-ministro e do empresário afirmam que não foram confrontadas com actos concretos do crime de corrupção o que acaba por ser reconhecido pelo próprio Ministério Público na contestação feita ao recurso de Santos Silva para o Tribunal da Relação de Lisboa sobre a aplicação da prisão preventiva.
"Não dispunha a investigação, na data dos interrogatórios, de informação sobre os actos concretos de adjudicação, vantajosos para o dito grupo Lena, que tenham sido venalmente decididos, mas foi possível identificar e quantificar a sua existência no global, sendo imputada a realização de obra para o Estado, no referido período de 2007 a 2010 [quando Sócrates era primeiro-ministro], superior a 200 milhões de euros", revela a revista Sábado citando o documento concluído a 27 de Janeiro pelos procuradores Rosário Teixeira e Ana Catalão.
Após o interrogatório do ano passado quer o advogado de José Sócrates, João Araújo, como a de Carlos Santos Silva argumentam com essa falta de provas.