Notícia
Rui Pinto: "Não sou um hacker, sou um whistleblower"
O pirata informático leu uma declaração em que defendeu o interesse público das suas revelações. Diz que as suas revelações são "um orgulho e não uma vergonha".
04 de Setembro de 2020 às 11:53
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Na primeira sessão do julgamento, Rui Pinto optou por não falar dos factos de que é acusado. Em vez disso, o alegado pirata informático optou por ler uma declaração preparada pela sua defesa em que argumentou não ser um hacker mas um denunciante que se indignou com as descobertas e decidiu revelá-las ao público.
Nessa declaração, Rui Pinto começou por manifestar a sua estranheza pela situação em que está a ser julgado: "Estou aqui como arguido e como testemunha protegida. Como tenho dito, não me considero um hacker mas um whistleblower."
Nesse momento a juíza que preside ao coletivo interrompeu-o dizendo que "isso são manifestações de vontade. Mas sobre os factos de que está acusado?"
Rui Pinto pediu para continuar: "Meretíssima, com todo o respeito, gostava de ler esta declaração." Continuou dizendo que as informações que revelou nunca teriam sido conhecidas se não tivesse agido: "Fiquei indignado com o que descobri e denunciei primeiro através do Football Leaks e depois do consórcio de jornalistas. A minha ação serviu para melhorar a liberdade de expressão".
Disse que colaborou com as autoridades estrangeiras e nacionais e que as suas revelações são "um orgulho e não uma vergonha".
Salientou que os whistleblowers são cada vez mais protegidos no mundo e afirmou ter sido vítima de uma "campanha de difamação e calúnia". "Mas não me queixo. Estive preso um ano, sete meses em isolamento."
Terminou dizendo que o conselho dos advogados reserva-se ao direito de falar mais tarde.
Nessa declaração, Rui Pinto começou por manifestar a sua estranheza pela situação em que está a ser julgado: "Estou aqui como arguido e como testemunha protegida. Como tenho dito, não me considero um hacker mas um whistleblower."
As imagens de Rui Pinto no início de julgamento
O pirata informático leu uma declaração em que defendeu o interesse público das suas revelações. Diz que as suas revelações são um orgulho e não uma vergonha. - Fotografias , Sábado.
Rui Pinto pediu para continuar: "Meretíssima, com todo o respeito, gostava de ler esta declaração." Continuou dizendo que as informações que revelou nunca teriam sido conhecidas se não tivesse agido: "Fiquei indignado com o que descobri e denunciei primeiro através do Football Leaks e depois do consórcio de jornalistas. A minha ação serviu para melhorar a liberdade de expressão".
Disse que colaborou com as autoridades estrangeiras e nacionais e que as suas revelações são "um orgulho e não uma vergonha".
Salientou que os whistleblowers são cada vez mais protegidos no mundo e afirmou ter sido vítima de uma "campanha de difamação e calúnia". "Mas não me queixo. Estive preso um ano, sete meses em isolamento."
Terminou dizendo que o conselho dos advogados reserva-se ao direito de falar mais tarde.