Notícia
Roesler lembra Juncker que Alemanha suporta maior fardo das ajudas europeias
O vice-chanceler alemão, Philipp Roesler, repudiou hoje, em entrevista ao jornal Ruhr Nachrichten, acusações do presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, de que Berlim faz política interna com os problemas da Zona Euro.
03 de Agosto de 2012 às 11:48
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"O senhor Juncker não teve em conta que os nossos contribuintes já estão fortemente comprometidos com as ajudas à Europa, e que a Alemanha suporta os maiores riscos", disse Roesler, que lidera actualmente o executivo germânico, devido às férias da chanceler Angela Merkel.
Em entrevista publicada na segunda-feira no jornal alemão Sueddeusche Zeitung, Juncker lamentou que a Alemanha "se dê ao luxo de fazer constantemente política interna com a zona euro, e de a tratar como se fosse uma filial sua".
Em entrevista ao canal de televisão n-tv, Roesler comentou também a eventual compra de dívida soberana de países do euro em dificuldades financeiras pelo Banco Central Europeu (BCE), anunciada pelo presidente Mario Draghi, após a reunião do conselho de governadores, na quinta-feira, em Frankfurt.
"Acho que se trata de uma decisão independente do Banco Central Europeu, mas deve ser implementada comedidamente, para não surgir inflação no horizonte", advertiu o político alemão.
Roesler lembrou, neste contexto, que o presidente do BCE deixou claro, na conferência de imprensa de quinta-feira, "que as reformas estruturais nos países em crise devem ser prioritárias", e não as injeções de capital do banco central, através das compras de dívida pública.
No que se refere à Grécia, o chefe do FDP voltou a manifestar-se "céptico" quanto ao sucesso do memorando de entendimento negociado por Atenas com a União Europeia e com o FMI para obter um resgate de 130 mil milhões de euros, já depois de outras ajudas.
"A experiência que temos com a Grécia não tem sido positiva, não é segredo nenhum que há atrasos no cumprimento do programa de ajustamento financeiro, e se este não for cumprido, não haverá ajudas", afirmou o político liberal.
"Por isso, o futuro dos gregos está suas próprias mãos", disse Roesler à n-tv, ressalvando, no entanto, que o Governo alemão aguarda o relatório da chamada "troika", agendado para Setembro, para tomar uma posição concreta sobre a Grécia.
Em entrevista publicada na segunda-feira no jornal alemão Sueddeusche Zeitung, Juncker lamentou que a Alemanha "se dê ao luxo de fazer constantemente política interna com a zona euro, e de a tratar como se fosse uma filial sua".
"Acho que se trata de uma decisão independente do Banco Central Europeu, mas deve ser implementada comedidamente, para não surgir inflação no horizonte", advertiu o político alemão.
Roesler lembrou, neste contexto, que o presidente do BCE deixou claro, na conferência de imprensa de quinta-feira, "que as reformas estruturais nos países em crise devem ser prioritárias", e não as injeções de capital do banco central, através das compras de dívida pública.
No que se refere à Grécia, o chefe do FDP voltou a manifestar-se "céptico" quanto ao sucesso do memorando de entendimento negociado por Atenas com a União Europeia e com o FMI para obter um resgate de 130 mil milhões de euros, já depois de outras ajudas.
"A experiência que temos com a Grécia não tem sido positiva, não é segredo nenhum que há atrasos no cumprimento do programa de ajustamento financeiro, e se este não for cumprido, não haverá ajudas", afirmou o político liberal.
"Por isso, o futuro dos gregos está suas próprias mãos", disse Roesler à n-tv, ressalvando, no entanto, que o Governo alemão aguarda o relatório da chamada "troika", agendado para Setembro, para tomar uma posição concreta sobre a Grécia.