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Rei espanhol recebe 293 mil euros por ano com salário e despesas de representação

A Casa Real espanhola anunciou hoje os montantes que lhe são atribuídos pelo orçamento do Estado do país. Uma divulgação que não era feita desde 1979. "Muita expectativa para poucos dados", comenta o jornal "Cinco Días".

28 de Dezembro de 2011 às 13:42
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O Orçamento do Estado de Espanha dedicou 293 mil euros ao rei Juan Carlos, acima do que recebe o primeiro-ministro e o presidente do Supremo Tribunal. Para a Casa Real, foram destinados um total de 8,43 milhões de euros em 2011.

Menos de 10% deste orçamento para a Casa Real dirige-se a gastos da família real. No presente ano, o Rei recebeu perto de 293 mil euros, 141 mil dos quais fazendo parte do seu salário. O restante corresponde a despesas de representação.

O seu filho, o príncipe das Astúrias, Filipe, recebe metade do salário do pai, com um rendimento de 146 mil euros. Já as despesas destinadas à rainha Cristina, à princesa Letizia Ortiz, e às restantes infantas varia todos os anos, já que não têm um salário fixo, dependendo dos gastos de representação. Este ano, há um montante máximo de 375 mil euros para dividirem entre si.

Em termos comparativos, o “Cinco Días”, mostra que o primeiro-ministro espanhol, ou presidente do Governo, como se designa em Espanha, recebe 78 mil euros por ano. Já o presidente do Supremo Tribunal tem um salário anual de 130 mil euros, inferior ao do Rei.

Em Portugal, o salário mensal do Chefe de Estado português, o presidente da República, estava, em Janeiro, cifrado em 6.523 euros. Multiplicado por 14 meses, a importância total de salário destinada a Cavaco Silva era de 142 mil euros, embora o próprio tenha abdicado deste montante, já que não o poderia usufruir juntamente com as pensões que recebe e que decidiu manter.

Gastos com cabeleireiro não estão incluídos nos 8,43 milhões

Ao todo, o orçamento para a Casa Real é, então, de 8,43 milhões de euros. A categoria de gastos da família real presenta menos de 10% do total, mas a categoria em que se regista maiores despesas é aquela que se designa como “pessoal”.

“A finalidade desta alocação é assegurar que a Chefia de Estado disponha de uma dotação orçamental suficiente para que o Chefe de Estado possa desenvolver o seu trabalho com a independência inerente às suas funções constitucionais”, comentou a Casa Real no comunicado em que informava a sua dotação orçamental.

Ainda assim, há outros gastos que não saem do orçamento destinado ao Palácio da Zarzuela, entre eles, visitas oficiais, serviços de segurança, compras de veículos oficiais, que estão sob a tutela de vários ministérios.

O “Cinco Días” fala em ausência de informações relevantes na divulgação de hoje. “Não só não estão os gastos com o cabeleireiro nem o vestuário, como também a informação específica se limita a uns escassos números. Esta parcimónia contrasta com a extensa informação que as restantes grandes monarquias europeias disponibilizam na sua página web”, escreve a publicação na sua edição online.

Divulgação inédita

A Casa Real divulgou agora, pela primeira vez desde 1979, a parte do Orçamento espanhol que lhe é destinada.

A pesar sobre este anúncio poderá estar a implicação do genro do rei, Iñaki Urdangarin, marido da infanta Cristina, no caso de suposta apropriação de fundos públicos. Nem Iñaki nem o outro genro de Juan Carlos recebem qualquer salário do orçamento do Palácio da Zarzuela.

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