Notícia
Quem são os possíveis adversários de Mário Centeno?
O prazo para apresentação das candidaturas ao Eurogrupo termina hoje ficando-se a saber quem avança para a presidência do Eurogrupo. Em baixo, destacam-se os cinco candidatos com mais possibilidades, incluindo o já candidato formal Mário Centeno.
Luxemburgo
Quando ser luxemburguês é um problema
Pierre Gramegna, Ministro das finanças do Luxemburgo
O Financial Times chegou a dizer que Gramegna liderava a corrida. O ministro das Finanças luxemburguês tem a seu favor o facto de vir de um país pequeno, o que significa que poderá estar numa boa posição de gerir disputadas diplomáticas. Como liberal, o facto de não pertencer à família política dos socialistas é um ponto negativo, mas o seu principal "handicap" é mesmo o país de origem. O Luxemburgo já ocupa a presidência da Comissão Europeia com Jean-Claude Juncker, e um país tão pequeno com dois cargos europeus de topo pode ser difícil de justificar.
Eslováquia
Durão nas contas, pouco diplomático
Peter Kazimir, Ministro das finanças da Eslováquia
Um socialista com uma visão conservadora da gestão das contas públicas e duro com os países que violem regras orçamentais. Escolher Kazimir significaria manter a mesma linha seguida até agora com Dijsselbloem. Vem de um país pequeno – com o "bónus" de ser um membro mais recente da família do euro – e é socialista. Aquilo que o torna num candidato visto com bons olhos pela direita é também uma desvantagem. Os analistas notam que o seu alinhamento com Berlim em temas orçamentais pode prejudicar a sua candidatura. Além disso, adopta muitas vezes um estilo pouco diplomático.
Letónia
Uma letã campeã em xadrez
Dana Reizniece-Ozola, Ministra das finanças da Letónia
O governo letão já confirmou que Dana Reizniece-Ozola está a considerar seriamente avançar para a presidência do Eurogrupo. Campeã internacional de xadrez, seria a candidata mais nova (tem 35 anos) e permitiria a um país báltico deter pela primeira vez um alto posto europeu. Ao pertencer aos verdes, não é penalizada por ser do PPE, mas também não recebe o "empurrão socialista" para a liderança do Eurogrupo. Assim como Centeno, é ministra das Finanças há relativamente pouco tempo (desde o início de 2016).
França
Um peso pesado na corrida ao euro
Bruno Le Maire, Ministro da economia e finanças francês
Vem do segundo maior país da Zona Euro, cujo presidente – Emmanuel Macron – quer ter uma influência maior na condução dos destinos europeus. A Bloomberg escreve que Le Maire tem adoptado uma postura de liderança em vários temas, como a taxação de empresas da área digital e as negociações com a Grécia. No entanto, uma vez que Paris (assim como Berlim) já tem uma influência decisiva nas decisões europeias, dar-lhe mais um cargo para reforçar essa posição não parece ser a solução mais popular. O Politico argumenta que Macron poderá preferir esperar para lançar uma candidatura forte à presidência da Comissão Europeia.
Itália
Um italiano que tem tudo contra
Pier Carlo Padoan, Ministro das finanças italiano
Outro representante de um gigante. Neste caso, a candidatura será ainda mais improvável. Apesar de Padoan ter a experiência e força política para ser respeitado pelos seus pares, ser socialista e representar um país do Sul da Europa, o ministro das Finanças italiano será penalizado por um compatriota: o facto de Mario Draghi já ocupar a presidência do Banco Central Europeu (BCE) é um ponto negativo. Além disso, como há eleições em Itália dentro de poucos meses, há o risco de Padoan abandonar o cargo de ministro das Finanças, o que implicaria deixar o Eurogrupo novamente sem líder, tendo de repetir este processo outra vez.
Quando ser luxemburguês é um problema
Pierre Gramegna, Ministro das finanças do Luxemburgo
O Financial Times chegou a dizer que Gramegna liderava a corrida. O ministro das Finanças luxemburguês tem a seu favor o facto de vir de um país pequeno, o que significa que poderá estar numa boa posição de gerir disputadas diplomáticas. Como liberal, o facto de não pertencer à família política dos socialistas é um ponto negativo, mas o seu principal "handicap" é mesmo o país de origem. O Luxemburgo já ocupa a presidência da Comissão Europeia com Jean-Claude Juncker, e um país tão pequeno com dois cargos europeus de topo pode ser difícil de justificar.
Eslováquia
Durão nas contas, pouco diplomático
Peter Kazimir, Ministro das finanças da Eslováquia
Letónia
Uma letã campeã em xadrez
Dana Reizniece-Ozola, Ministra das finanças da Letónia
O governo letão já confirmou que Dana Reizniece-Ozola está a considerar seriamente avançar para a presidência do Eurogrupo. Campeã internacional de xadrez, seria a candidata mais nova (tem 35 anos) e permitiria a um país báltico deter pela primeira vez um alto posto europeu. Ao pertencer aos verdes, não é penalizada por ser do PPE, mas também não recebe o "empurrão socialista" para a liderança do Eurogrupo. Assim como Centeno, é ministra das Finanças há relativamente pouco tempo (desde o início de 2016).
França
Um peso pesado na corrida ao euro
Bruno Le Maire, Ministro da economia e finanças francês
Vem do segundo maior país da Zona Euro, cujo presidente – Emmanuel Macron – quer ter uma influência maior na condução dos destinos europeus. A Bloomberg escreve que Le Maire tem adoptado uma postura de liderança em vários temas, como a taxação de empresas da área digital e as negociações com a Grécia. No entanto, uma vez que Paris (assim como Berlim) já tem uma influência decisiva nas decisões europeias, dar-lhe mais um cargo para reforçar essa posição não parece ser a solução mais popular. O Politico argumenta que Macron poderá preferir esperar para lançar uma candidatura forte à presidência da Comissão Europeia.
Itália
Um italiano que tem tudo contra
Pier Carlo Padoan, Ministro das finanças italiano
Outro representante de um gigante. Neste caso, a candidatura será ainda mais improvável. Apesar de Padoan ter a experiência e força política para ser respeitado pelos seus pares, ser socialista e representar um país do Sul da Europa, o ministro das Finanças italiano será penalizado por um compatriota: o facto de Mario Draghi já ocupar a presidência do Banco Central Europeu (BCE) é um ponto negativo. Além disso, como há eleições em Itália dentro de poucos meses, há o risco de Padoan abandonar o cargo de ministro das Finanças, o que implicaria deixar o Eurogrupo novamente sem líder, tendo de repetir este processo outra vez.