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Centeno quer Eurogrupo com planos alternativos para evitar bloqueios políticos

Na carta que formaliza a candidatura, o ministro das Finanças deverá invocar os resultados alcançados pelo Governo no sistema bancário e na frente orçamental para sustentar a decisão.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Novembro de 2017 às 12:50
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O ministro das Finanças defende que o Eurogrupo deve ter soluções de políticas alternativas às que forem sendo decididas e que possam ser aplicadas sempre que existem entraves políticos nos países da Zona Euro. A ideia fará parte da carta de motivação que Mário Centeno enviou esta quinta-feira para Bruxelas e que formaliza a sua candidatura à presidência do Eurogrupo, sabe o Negócios.

O gabinete do primeiro-ministro anunciou esta manhã que Portugal decidiu candidatar o ministro das Finanças, Mário Centeno, à presidência do Eurogrupo.

Ao que o Negócios apurou, na carta o ministro das Finanças fala dos resultados alcançados internamente enquanto titular da pasta, referindo-se também à agenda que pretende desenvolver caso seja eleito a 4 de Dezembro.

Quanto aos planos enquanto líder dos ministros das Finanças dos 19 estados-membros que partilham a mesma moeda, Mário Centeno defende que o Eurogrupo deve promover discussões que envolvam todas as instituições da União Europeia, incluindo os contributos da academia. Além disso, o ministro mostra-se defensor de receitas alternativas que respondam a bloqueios políticos.

Uma solução que permitiria continuar a progredir sempre que as primeiras escolhas de políticas não foram politicamente viáveis em todos os estados-membros.

Ainda no que respeita à agenda para a Zona Euro, Centeno mostra-se de acordo com o presidente do Conselho Europeu, que pretende tornar mais transparente e concreto o caminho para reformar a Zona Euro.

Na carta, Mário Centeno lembra os resultados internos para argumentar que a sua experiência enquanto ministro das Finanças pode ser útil ao Eurogrupo. Os progressos alcançados na estabilização do sector bancário são o primeiro argumento invocado por Centeno que pode ser útil numa altura em que a Europa ainda tenta completar a União Bancária.

De seguida, o ministro refere-se às questões orçamentais, lembrando o seu compromisso com o cumprimento das regras acordadas no Pacto de Estabilidade e Crescimento, mas sustentando que o Eurogrupo pode contribuir para o debate em torno de um quadro de vigilância orçamental mais eficiente. 
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