Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Putin diz que NATO se prepara para atacar Rússia e ameaça retaliar com armas nucleares

No discurso à nação, a duas semanas das presidenciais, Vladimir Putin adverte NATO para risco de guerra nuclear em caso de ataque e acusa Ocidente de estar a tentar destruir a Rússia.

ALEXANDER KAZAKOV PUTNIK KREMLIN POOL
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 29 de Fevereiro de 2024 às 10:34

O Presidente russo, Vladmir Putin, afirmou, esta quinta-feira, que a NATO se prepara para atacar a Rússia, ameaçando retaliar, inclusive com armamento nuclear, se o seu território for alvo de uma invasão.

"Eles [países da NATO, Organização do Tratado do Atlântico Norte] estão a preparar-se para atacar o nosso território usando as forças mais eficazes (...), mas eles têm de perceber que nós também temos armas. Armas que podem derrotá-los no seu próprio território e, como é óbvio, tudo isto é muito perigoso porque poderia, na verdade, desencadear uma guerra nuclear. Eles têm noção disso?", afirmou Putin, no discurso à nação, a duas semanas das presidenciais russas, advertindo que "as consequências para os potenciais invasores serão bem mais trágicas" do que no passado".

Putin afirmou que o Ocidente está a tentar arrastar a Rússia para uma nova corrida ao armamento e, "portanto, a repetir o truque dos anos 1980", apontou, numa alusão ao período da Guerra Fria.

E as críticas prosseguiram: "O chamado Ocidente, com as suas tendências tão colonialistas, está a esforçar-se não só para conter o nosso desenvolvimento, mas também tem a intenção de nos destruir e de usar o nosso espaço para quaisquer que sejam os seus propósitos, incluindo a Ucrânia. Eles estão absolutamente determinados em dividir-nos e enfraquecer-nos", declarou, no parlamento, sublinhando que "os cidadãos da Rússia vão defender a sua liberdade e independência".

Já sobre a guerra na Ucrânia, que entrou no terceiro ano, Putin afirmou que Moscovo conta com o apoio da "maioria" dos russos relativamente ao que o Kremlin designa de "operação militar especial" naquele país.

Relativamente à economia lembrou que a Rússia ultrapassou todos os países do G7 em termos de crescimento económico no ano passado, mostrando-se confiante de que o país se tornará "numa das quatro maiores economias do mundo num futuro próximo". "O crescimento da economia russa deve ser convertido num aumento dos rendimentos da população", acrescentou, adiantando que o salário mínimo deve quase duplicar até 2030 para 35 mil rublos (355,3 euros).








Ver comentários
Saber mais Economia política diplomacia relações internacionais guerra crises Rússia Ucrânia NATO
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio