Notícia
Rússia vai considerar "ameaça direta" se norte da Europa receber equipamento nuclear dos EUA
As autoridades russas alertaram esta quarta-feira para as possíveis consequências de um envio de equipamento nuclear dos EUA para o norte da Europa, garantindo que serão considerados "alvos legítimos em caso de confronto" entre a Rússia e a NATO.
06 de Março de 2024 às 11:11
"Não é necessário ser um estratega militar para perceber que isso representaria uma ameaça direta" para a Rússia, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, Maria Zakharova.
"Naturalmente, [esses equipamentos] seriam, inevitavelmente, incluídos na lista de alvos legítimos em diferentes cenários de colisão direta", acrescentou.
A porta-voz, citada pela agência russa de notícias Interfax, sublinhou que as autoridades finlandesas "não informaram os seus cidadãos dos riscos que correm se permitirem a colocação dessas instalações" no país na sequência da sua adesão à Aliança Atlântica, em abril de 2023.
Zajarova criticou as palavras do Presidente finlandês, Alexander Stubb, que permitiu uma revisão das principais "linhas legislativas do país, que atualmente proíbem a colocação de armas militares em território finlandês" e afirmou que "esta [postura] preocupa a Rússia".
"Se este tipo de armas aparecer no norte da Europa, a segurança destes países não só não aumentará como sofrerá claramente um revés porque outros países do continente (...) terão de ter isso em conta", disse.
A Finlândia tem a fronteira terrestre mais longa da aliança militar com a Rússia - 1.340 quilómetros - e é um dos fornecedores europeus mais ativos de ajuda militar e civil à Ucrânia.
"Naturalmente, [esses equipamentos] seriam, inevitavelmente, incluídos na lista de alvos legítimos em diferentes cenários de colisão direta", acrescentou.
Zajarova criticou as palavras do Presidente finlandês, Alexander Stubb, que permitiu uma revisão das principais "linhas legislativas do país, que atualmente proíbem a colocação de armas militares em território finlandês" e afirmou que "esta [postura] preocupa a Rússia".
"Se este tipo de armas aparecer no norte da Europa, a segurança destes países não só não aumentará como sofrerá claramente um revés porque outros países do continente (...) terão de ter isso em conta", disse.
A Finlândia tem a fronteira terrestre mais longa da aliança militar com a Rússia - 1.340 quilómetros - e é um dos fornecedores europeus mais ativos de ajuda militar e civil à Ucrânia.