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Ucrânia perdeu 31 mil militares em dois anos de guerra, diz Zelensky

Um dia após o segundo aniversário da invasão russa da Ucrânia, o presidente ucraniano indicou que as forças militares do seu país perderam 31 mil vidas na defesa do território. Zelensky apelou ainda para que o Congresso dos EUA liberte 60 mil milhões de dólares em ajuda no próximo mês.

Sergey Dolzhenko / EPA
25 de Fevereiro de 2024 às 18:14
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As forças armadas ucranianas sofreram 31 mil baixas desde o início da invasão russa do país, há dois anos, indicou este domingo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa em Kiev.

Quanto às vítimas entre a população civil, Zelensky disse que o Governo não possui dados exatos devido a várias regiões estarem ocupadas pelas forças russas. Ainda assim, adiantou "foram dezenas de milhar de mortos".

O chefe de Estado ucraniano frisou que é imperativo que o Congresso dos Estados Unidos liberte os 60 mil milhões de dólares em ajuda no próximo mês.

"Quando falamos do apoio dos EUA devemos perceber que não se trata de ajuda financeira, é essencialmente armamento", sublinhou. "O sistema Patriot de defesa aérea custa 1,5 mil milhões de dólares, mas só o podemos comprar com os EUA e não há sistemas similares no mundo. Podemos arranjar o dinheiro, mas não conseguimos encontrar as armas necessárias", reforçou.

O Presidente ucraniano revelou também que os planos da contraofensiva ucraniana no sudeste do país foram passados à Rússia. "Vou ser honesto com vocês: as nossas ações de contraofensiva no outono do ano passado estavam na mesa do Kremlin antes de terem começado".

Ucrânia triplicou produção de armamento

A Ucrânia triplicou no ano passado a produção de armamento e conta agora com 500 empresas - 400 privadas e 100 estatais - a trabalhar para a defesa do país, indicou também este domingo o ministro ucraniano das Indústrias Estratégicas, Oleksandr Kamyshin.

Para este ano, acrescentou, o país planeia "aumentar significativamente a produção de munições".

Já o ministro ucraniano do Digital, Mykhailo Fedorov, revelou que 90% dos drones usados nos ataques contra as forças russas foram produzidos na Ucrânia.
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