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PSD: Descida da taxa de desemprego deve-se à reforma laboral de Passos Coelho

O vice-presidente da bancada do PSD, Adão Silva, diz que os números da taxa de desemprego, que desceu para 10,1% no primeiro trimestre deste ano, são a “prova dos nove” de que a reforma laboral do anterior Governo está a “dar os seus resultados”.

10 de Maio de 2017 às 13:36
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A descida do desemprego para 10,1% no primeiro trimestre deste ano, anunciada esta manhã pelo INE, é resultado da reforma laboral levada a cabo no primeiro Governo de Passos Coelho, defendeu esta manhã Adão Silva, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD. Salientando que o partido se congratula por números que "são positivos", Adão Silva afirmou depois que eles "são a prova dos nove de que a reforma laboral levada a cabo pelo Governo anterior, em 2012 e 2013, foi uma excelente reforma estrutural".

 

Esta tem sido a fórmula habitualmente utilizada pelo PSD para comentar os resultados positivos no desemprego. Ainda no início do corrente mês de Maio, Passos Coelho dizia que a redução do número de desempregados se deve à reforma laboral levada a cabo enquanto era primeiro-ministro. Nessa reforma, entre várias medidas, o Executivo aumentou o horário de trabalho no sector público para 40 horas, reduziu o número de férias para 22 e dias flexibilizou os despedimentos.

 

"A modernização das leis laborais, que na altura se empreendeu em Portugal, com feroz oposição dos partidos que hoje constituem a governação, está a dar os seus resultados, que são muito importantes e devem ser salientados", acrescentou Adão Silva. Por isso, o PSD diz esperar que "o Governo não venha a revogar a legislação laboral", como "revogou outras [leis]".

 

Os social-democratas admitem que se ajuste a legislação, "melhorando-a sempre, mas que não revogue esta legislação laboral, como tem sido vontade da esquerda radical", constituída pelo Bloco de Esquerda e PCP.

 

Adão Silva referiu ainda que os resultados divulgados esta manhã pelo INE "são obviamente positivos e vêm na linha do que já tinha acontecido em 2014 e 2015". Há uma "continuidade do que já se verificava" nesses anos, e o ritmo agora é mais baixo. "O que está a acontecer neste momento, embora bom, é menos bom do que o que aconteceu em 2014 e 2015", notou.

PSD procupado com redução da população activa

 

O responsável social-democrata manifestou ainda "alguma preocupação" com a "diminuição da população activa". Embora seja "muito pequena, de menos de 0,1%", é "importante assinalar, porque significa um potencial de menor crescimento das contribuições para a Segurança Social e para o Estado Social em geral". E lançou uma farpa a Manuel Caldeira Cabral, depois de o ministro da Economia ter previsto que a taxa ficasse abaixo dos 10% no primeiro trimestre. "Deve ter surpreendido o senhor ministro da Economia", atirou Adão Silva.

 

A taxa de desemprego de 10,1% divulgada esta manhã pelo INE evidencia que foram criados 145 mil empregos no último ano. Face ao mesmo período de 2016, o desemprego recua 2,3 pontos percentuais. Esta taxa é a mais baixa em pelo menos sete anos.

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