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PS e PSD encerram debate com elogios de cooperação e troca de acusações

O debate da proposta de orçamento na especialidade terminou hoje entre elogios de cooperação neste orçamento e troca de acusações entre os dois principais partidos sobre a responsabilidade dos problemas financeiros do país.

25 de Novembro de 2010 às 14:09
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O deputado socialista Afonso Candal encerrou o debate do lado do seu grupo parlamentar começando por elogiar o que considera ter sido um processo de especialidade "claro e transparente" e que o orçamento sai "mais robusto" da Assembleia da República do que na sua proposta inicial, embora com demasiados votos contra.

"Chegamos à parte final deste processo de especialidade, sem que tenha havido nenhum caso, nenhum episódio, sem que não fossem procuradas as soluções", afirmou o deputado.

O PSD, através do deputado Miguel Frasquilho, voltou a recusar colagens ao PS, sublinhando que "o país conhece bem a posição do PSD" e que o partido "não se revê em muitas das opções deste orçamento", que é sexta-feira aprovado na votação final global, com a já anunciada abstenção do PSD, na sequência do acordo entre os dois maiores partidos.

"A crise veio colocar a nu esta situação. Conhecendo a situação financeira orçamental e de urgência em que o país se encontra, foi essa situação de urgência que determinou em nome do interesse nacional a posição do PSD", reafirmou o deputado social-democrata, lembrando que o "PSD honrou esse acordo".

No entanto, o maior partido da oposição sublinhou que se o Governo repetir "o fracasso absoluto, por todos reconhecido, das execuções de 2009 e 2010", não será apenas o Governo a falhar, mas todo o país, e isso terá sérias consequências para os portugueses.

Jorge Lacão ainda falou pelo Governo para reconhecer a importância do acordo, reconhecendo que "os trabalhos não foram fáceis", e abrindo a porta a novos entendimentos. "O governo, para além deste orçamento, empenhar-se-á em desenvolver as condições de estabilidade, de diálogo e concertação entre partidos políticos", disse o ministro dos Assuntos Parlamentares.

Foi então que a conversa subiu de tom, com Afonso Candal, numa resposta ao Bloco de Esquerda, a lembrar que o país tem um problema de défices orçamentais desde que vive em democracia e lembrou medidas que ainda hoje prejudicam as contas como o caso do Citigroup, enquanto Manuela Ferreira Leite era ministra das Finanças. "O [caso] do Citigroup. Já pagamos quatro vezes o que recebemos e continuaremos a pagar durante vários anos", disse.

Frasquilho respondeu, acusando a bancada socialista de se esquecer das Parcerias Público Privadas e dos projectos de investimento faraónicos (TGV por exemplo) e que as PPP começarão já a pesar nas contas públicas a partir de 2014.

Afonso Candal terminou lembrando que esse balanço tem de ser feito, mas que para isso "também é preciso nesse domínio apresentar alternativas, que é coisa que o PSD não tem feito".
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