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Preços no produtor e no consumidor com aceleração acentuada no segundo semestre de 2021

De acordo com a síntese económica de conjuntura, publicada pelo INE, em 2021, verificou-se uma aceleração dos preços, tendo o índice de preços no consumidor evidenciado um forte movimento ascendente.

Desde 1999 que não se verificava uma tão acentuada descida no consumo das famílias.
António Pugliese
19 de Janeiro de 2022 às 12:54
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Os índices de preços no produtor e no consumidor registaram uma aceleração acentuada, no segundo semestre de 2021, com a média anual do IPC a fixar-se em 1,3%, após variação nula em 2020, divulgou esta quarta-feira o INE.

De acordo com a síntese económica de conjuntura, publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), "em 2021, verificou-se uma aceleração dos preços, tendo o índice de preços no consumidor (IPC) evidenciado um forte movimento ascendente, registando variações de homólogas de 0,6% e 1,9% no 1.º e 2.º semestre, respetivamente e 1,3% de média anual, após a variação nula em 2020".

A autoridade estatística apontou que esta aceleração do IPC se observou na maioria das suas categorias, mas de forma mais pronunciada nos bens energéticos.

Já do lado da produção industrial, o aumento de preços foi ainda mais acentuado, tendo o respetivo índice aumentado 6,4%, em 2021, depois de diminuído 3,9% no ano anterior.

No entanto, o aumento anual dos preços na produção de bens de consumo foi bastante mais moderado (2,1%), ficando assim mais próximo do verificado no IPC.

Relativamente aos indicadores de curto prazo, disponíveis para novembro, o INE verificou "elevados crescimentos em termos nominais na indústria e nos serviços, significativamente mais intensos que no mês precedente e refletindo sobretudo a aceleração dos preços implícitos".

Em termos reais, verificaram-se aumentos na indústria e na construção.

Na perspetiva da despesa, os indicadores quantitativos de síntese (atividade económica, consumo privado e investimento) aceleraram em novembro de 2021, apontou o INE.

Já o indicador de clima económico, que sintetiza as apreciações dos empresários, estabilizou em dezembro, apresentando um comportamento irregular desde julho.

O INE recordou ainda que, de acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi 6,3% em novembro, menos 0,1 pontos percentuais do que no mês anterior (6,3% em agosto e 7,2% em novembro de 2020).

Por sua vez, a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,7%, um valor idêntico ao registrado em outubro (14,0% e 12,6% nos meses de novembro de 2020 e 2019, respetivamente).

A população empregada, também ajustada de sazonalidade, aumentou 0,3%, em novembro, relativamente ao mês anterior, e 3,1% em termos homólogos (variação homóloga de 3,3% em outubro), realçou a entidade.
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