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Atividade económica mantém trajetória de recuperação
A atividade económica melhorou em agosto e prossegue uma tendência de recuperação, revela o INE na síntese económica de conjuntura referente a agosto e divulgada esta sexta-feira. Efeito base do contexto da pandemia continua a influenciar os números.
Ainda com os indicadores de curto prazo abaixo dos níveis de 2019, sobretudo no que respeita ao turismo, a trajetória é de recuperação da atividade económica, com as exportações de bens, em termos nominais registadas em julho já a um nível superior ao período homólogo pré-pandemia e as importações próximas dos valores de julho de 2019. A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE), que publicou esta sexta-feira a sua síntese económica de conjuntura referente a agosto.
"A informação quantitativa mais recente disponível para julho revela taxas de crescimento homólogo menos intensas que o verificado nos meses precedentes, mas a informação disponível para o mês de agosto sugere uma melhoria da atividade económica", refere o INE no seu comunicado. Ou seja, apesar de os indicadores quantitativos de síntese (atividade económica, consumo privado e investimento) terem apresentado em julho crescimentos menos intensos que em junho, o INE nota que em agosto, o indicador de clima económico aumentou.
As estimativas mensais, ainda provisórias, do Inquérito ao Emprego revelam que a taxa de desemprego (pessoas entre os 16 e os 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,6% em julho, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) que em junho (7,0% em abril e 8,1% em julho de 2020). Já a taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 12,5% (12,8% em junho e 15,7% no período homólogo de 2020).
Quanto à inflação, em agosto a taxa manteve-se idêntica à de julho, mas o índice de preços na produção da indústria transformadora acelerou para uma taxa de variação homóloga de 9,3% (8,6% no mês anterior), registando o crescimento mais elevado da série atual com a qual o INE trabalha.
Turismo melhor, mas ainda longe de 2019
Contas feitas, a maioria dos indicadores revela subidas face a 2020, mas continua aquém dos níveis de 2019 e, em alguns casos, registam-se ainda descidas face ao período pré-pandemia. O índice de volume de negócios na indústria apresentou um crescimento homólogo de 11,8%, (tinha aumentado 18,8% em junho), mas comparando com o período homólogo de 2019, o foi inferior em 0,3%. Os índices relativos ao mercado nacional e ao mercado externo aumentaram 7,8% e 17,8%, respetivamente, em comparação com julho de 2020 (variações de 14,1% e 25,8% no mês anterior, pela mesma ordem). Também o índice de volume de negócios nos serviços (inclui comércio a retalho) apresentou uma variação homóloga de 7,1% (após ter aumentado 18,4% no mês anterior), sendo que, comparando com julho de 2019, verificou-se uma redução de 6,1%.
Também a atividade turística registou um crescimento em julho "mas os níveis atingidos foram ainda bastante inferiores aos observados em julho de 2019". As dormidas, por exemplo, tiveram uma taxa de variação de -45,0% quando comparado com julho de 2019. O número de dormidas subiu 71,9% face a julho do ano passado (em junho o aumento chegou aos 230,1%).
(notícia atualizada com mais informação)