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Economia portuguesa com recuperação “menos intensa” à porta do verão
Na síntese económica de conjuntura, o INE destaca que, à exceção do comércio a retalho e da construção, a generalidade dos indicadores de curto prazo ainda não atingiu os níveis anteriores à pandemia de covid-19.
A economia portuguesa registou taxas de crescimento elevadas em vários indicadores durante os meses de maio e de junho, em relação ao período homólogo, mas "menos intensas no último mês", destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Com exceção do comércio a retalho e da construção, a generalidade dos indicadores de curto prazo ainda não atingiu em maio os níveis do período homólogo de 2019. No caso do turismo, a atividade em maio situou-se ainda significativamente abaixo do observado em igual período de 2019", sublinha o INE.
O instituto frisa que os indicadores de atividade económica, consumo privado e investimento tiveram "crescimentos significativos" em maio, mas "menos intensos" do que em abril, o que se deve ao facto de comparar com o mês de 2020 em que as restrições devido à pandemia eram maiores
A síntese económica de conjuntura, divulgada esta segunda-feira, 19 de julho, destaca ainda que o indicador de clima económico aumentou no mês passado "de forma ténue", superando nos últimos dois meses o nível observado no início da pandemia (março de 2020).
Já as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego mostram que a taxa de desemprego (dos 16 aos 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 7,2% em maio, mais 0,2 p.p. do que em abril. A taxa de subutilização do trabalho situou-se em 12,8%.
Em matéria de preços, a variação homóloga do IPC foi 0,5% em junho (1,2% em maio). O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou em junho uma taxa de variação homóloga de 7,3% (6,3% no mês anterior). Excluindo a componente energética, aumentou 5,3%, conclui o INE.