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PP avisa que não vai permitir processo de independência
O Partido Popular (PP) espanhol avisou que o Governo "não vai consentir" que se continue o processo de independência da Catalunha, apesar dos resultados das eleições regionais apontarem para uma vitória dos independentistas.
O aviso foi feito pelo vice-secretário para a comunicação do PP, Pablo Casado, numa conferência de imprensa realizada na sede nacional do partido, em Madrid, em que sublinhou que, apesar dos resultados das eleições catalãs de hoje, "amanhã tudo estará igual".
Segundo Pablo Casado, o presidente do parlamento regional catalão e líder do Juns pel Sí, Artur Mas, "fracassou" ao não conseguir maioria absoluta, e "também não ganhou [a votação] do ponto de vista plebiscitário".
O dirigente do PP acrescentou que tanto o PP como o Governo vão continuar a fazer o que têm feito: governar e garantir o cumprimento da lei.
"Vamos continuar a garantir a legalidade, defendendo a unidade de Espanha e dizendo aos espanhóis que fiquem tranquilos, pois o Governo vai continuar a garantir o Estado de Direito e a liberdade em Espanha", afirmou Pablo Casado.
Com 95% dos votos escrutinados nas eleições da Catalunha, os partidos independentistas conseguem 72 deputados (62 a Junts pel Sí, de Artur Mas, e 10 a Candidatura de Unidade Popular - CUP).
No entanto, as duas formações não obtêm mais do que 47,8% dos votos, enquanto o resto das formações que não defendem esse caminho têm 52,2%.
Os dirigentes da Junts afirmaram, durante a campanha, que, caso os independentistas obtivessem a maioria absoluta no parlamento iniciariam um processo de negociações com Espanha, com a União Europeia (UE) e com os Estados-membros com vista à independência da Catalunha, no prazo de 18 meses.
As outras forças políticas, com excepção da esquerda radical CUP, estão contra esta via.