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Portugal é “o milagre económico da Península Ibérica”, diz banco alemão

“Portugal, e não Espanha, é a maior surpresa positiva na periferia” da Zona Euro, diz o Commerzbank. O banco alemão está confiante em relação às perspectivas económicas e acredita que o País não necessitará de um segundo resgate.

14 de Janeiro de 2014 às 09:07
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“A economia portuguesa tem crescido de forma notável desde a Primavera e o mercado de trabalho conseguiu dar a volta”, escrevem os economistas Ralph Solveen e Jörg Krämer em nota enviada aos investidores e a que o Negócios teve acesso.

 

“A recuperação deverá continuar, suportada pela melhor competitividade e a actividade mais robusta nos mercados de exportação”, acrescenta o Commerzbank, notando que Espanha tem estado “mais em foco” mas que “Portugal, não Espanha, é o verdadeiro milagre económico na Península Ibérica.

 

Optimista em relação à retoma económica no País e ao enquadramento na Europa, o Commerzbank afirma que “Portugal tem boas hipóteses de se erguer do programa de ajustamento, que termina em meados de 2014, e não necessitar de mais do que um programa cautelar”.

 

País está a colher os frutos das reformas

O Commerzbank recorda que, há pouco mais de um ano, praticamente todos os especialistas diziam que Portugal necessitaria de um segundo resgate, à semelhança da Grécia. “Mas hoje ninguém fica surpreendido que o primeiro-ministro queira evitar esse cenário”, afirma o banco alemão. “Portugal registou uma inversão da actividade económica mais acentuada do que Espanha”, defendem Ralph Solveen e Jörg Krämer, este último economista-chefe.

 

Os economistas acreditam que “a melhoria dos indicadores de clima económico dão-nos razões para acreditar que a tendência positiva vai continuar nos próximos trimestres”. Sobretudo porque o mercado de trabalho está a colher os frutos das reformas que foram feitas e porque são boas as perspectivas para as exportações, afirma o banco alemão.

 

Ainda assim, o Commerzbank afirma que “tudo isto não significa que os problemas do País estão resolvidos”. Os principais riscos prendem-se com a estabilidade do Governo e com os sucessivos chumbos de medidas de contenção da despesa pública por parte do Tribunal Constitucional.

 

“Boas perspectivas” para as obrigações do Tesouro

O banco alemão elogia as recentes iniciativas do Tesouro português na gestão da dívida pública, nomeadamente a operação de troca realizada em Dezembro – que aliviou os reembolsos de dívida nos próximos anos – e a emissão de obrigações a cinco anos da semana passada.

 

As necessidades de financiamento que faltam “são ultrapassáveis”, diz o banco, que assinala a “almofada de liquidez” do Tesouro português.

 

“Neste contexto, as perspectivas para a dívida pública portuguesa [no mercado] são boas”, diz o Commerzbank. “Uma conclusão bem sucedida do programa de resgate, os dados económicos sólidos e a busca dos investidores por activos com maior rendibilidade – gerada pela política de taxas de juro baixas por parte do BCE – deverão fazer com que os prémios de risco e as taxas de juros da dívida portuguesa continuem a cair”, remata o banco alemão.

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