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Portugal tem a segunda taxa de natalidade mais baixa da Europa

Na União Europeia, só os italianos obtiveram um registo pior do que o português ao nível da natalidade. A população no conjunto dos 28 Estados-membros aumentou em 2016 devido à imigração.

Reuters
10 de Julho de 2017 às 12:37
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Portugal foi o segundo país do União Europeia que, em termos relativos, menos colaborou para o surgimento de "novos europeus" (apenas 8,4 nascimentos por mil habitantes) em 2016, apenas à frente da Itália (7,8‰) e com um registo semelhante ao da Grécia (8,6‰) e da Espanha (8,7‰). Em sentido inverso, destaca-se o contributo dado pela Irlanda (13,5 por mil residentes), Suécia e Reino Unido (ambos com 11,8‰) para os cerca de 11 mil bebés a mais que nasceram na Europa comunitária durante o ano passado, face ao período homólogo.

 

Os números que permitem fazer esta comparação fazem parte dos dados divulgados pelo Eurostat esta segunda-feira, 10 de Julho, que mostram que a UE teve um aumento de população de cerca de 1,5 milhões em 2016 devido ao saldo migratório positivo. Como o saldo natural foi neutro, ou seja, o número registado de nascimentos e de mortes foi semelhante (5,1 milhões), valeu a diferença positiva entre os que entraram e os que saíram dos 28 Estados-membros para fazer a população total subir para 511,8 milhões a 1 de Janeiro de 2017.

 

Durante o ano de 2016, que arrancara com 510,3 milhões de habitantes no espaço comunitário, a população aumentou em 18 países, com destaque para os crescimentos no Luxemburgo (+19,8 por mil residentes), Suécia (+14,5‰), Malta (+13,8‰) e Irlanda (+10,6‰). Em sentido inverso, a população decresceu em dez países, com os registos mais negativos a surgirem nos países do Leste: Lituânia (-14,2‰), Letónia (-9,6‰), Croácia (-8,7‰), Bulgária (-7,3‰) e Roménia (-6,2‰).

 

Portugal está incluído neste grupo, tendo perdido 31.757 residentes, uma quebra que se verificou pelo sétimo ano consecutivo. Como já tinha sido divulgado pelo INE a 16 de Junho, os nascimentos, apesar da ligeira recuperação, não chegaram para compensar o número de mortes no ano passado. E as pessoas que saíram do país continuaram a superar as que vieram viver para cá, não obstante a nova quebra verificada na emigração permanente. As mais recentes projecções apontam que em 2031 já seremos menos de dez milhões.

 


Esta publicação, que surge na véspera da comemoração do Dia Mundial da População, a 11 de Julho, assinala ainda que, a 1 de Janeiro deste ano, a Alemanha continuava a ser o país mais populoso da União Europeia (82,8 milhões de residentes, 16,2% do total), seguida pela França (67 milhões, 13,1%), Reino Unido (65,8 milhões, 12,9%), Itália (60,6 milhões, 11,8%), Espanha (46,5 milhões, 9,1%) e Polónia (38 milhões, 7,4%). Os 10.309.573 milhões de residentes em território português representavam 2% do total da população da Europa comunitária.

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