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Portugal tem a segunda taxa de natalidade mais baixa da Europa
Na União Europeia, só os italianos obtiveram um registo pior do que o português ao nível da natalidade. A população no conjunto dos 28 Estados-membros aumentou em 2016 devido à imigração.
Portugal foi o segundo país do União Europeia que, em termos relativos, menos colaborou para o surgimento de "novos europeus" (apenas 8,4 nascimentos por mil habitantes) em 2016, apenas à frente da Itália (7,8‰) e com um registo semelhante ao da Grécia (8,6‰) e da Espanha (8,7‰). Em sentido inverso, destaca-se o contributo dado pela Irlanda (13,5 por mil residentes), Suécia e Reino Unido (ambos com 11,8‰) para os cerca de 11 mil bebés a mais que nasceram na Europa comunitária durante o ano passado, face ao período homólogo.
Os números que permitem fazer esta comparação fazem parte dos dados divulgados pelo Eurostat esta segunda-feira, 10 de Julho, que mostram que a UE teve um aumento de população de cerca de 1,5 milhões em 2016 devido ao saldo migratório positivo. Como o saldo natural foi neutro, ou seja, o número registado de nascimentos e de mortes foi semelhante (5,1 milhões), valeu a diferença positiva entre os que entraram e os que saíram dos 28 Estados-membros para fazer a população total subir para 511,8 milhões a 1 de Janeiro de 2017.
Durante o ano de 2016, que arrancara com 510,3 milhões de habitantes no espaço comunitário, a população aumentou em 18 países, com destaque para os crescimentos no Luxemburgo (+19,8 por mil residentes), Suécia (+14,5‰), Malta (+13,8‰) e Irlanda (+10,6‰). Em sentido inverso, a população decresceu em dez países, com os registos mais negativos a surgirem nos países do Leste: Lituânia (-14,2‰), Letónia (-9,6‰), Croácia (-8,7‰), Bulgária (-7,3‰) e Roménia (-6,2‰).
Portugal está incluído neste grupo, tendo perdido 31.757 residentes, uma quebra que se verificou pelo sétimo ano consecutivo. Como já tinha sido divulgado pelo INE a 16 de Junho, os nascimentos, apesar da ligeira recuperação, não chegaram para compensar o número de mortes no ano passado. E as pessoas que saíram do país continuaram a superar as que vieram viver para cá, não obstante a nova quebra verificada na emigração permanente. As mais recentes projecções apontam que em 2031 já seremos menos de dez milhões.
EU #population up to almost 512 million. Last year, the population increased in 18 EU Member States https://t.co/KAfTGdTrZb pic.twitter.com/c6Vg8Rbf1L
— EU_Eurostat (@EU_Eurostat) July 10, 2017
Esta publicação, que surge na véspera da comemoração do Dia Mundial da População, a 11 de Julho, assinala ainda que, a 1 de Janeiro deste ano, a Alemanha continuava a ser o país mais populoso da União Europeia (82,8 milhões de residentes, 16,2% do total), seguida pela França (67 milhões, 13,1%), Reino Unido (65,8 milhões, 12,9%), Itália (60,6 milhões, 11,8%), Espanha (46,5 milhões, 9,1%) e Polónia (38 milhões, 7,4%). Os 10.309.573 milhões de residentes em território português representavam 2% do total da população da Europa comunitária.