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Há menos 264 mil pessoas a viver em Portugal

A população a residir em Portugal voltou a reduzir-se em 2016, elevando para 264 mil o número de habitates que o país perdeu em sete anos.

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A população a viver em Portugal voltou a encolher em 2016, somando já 264 mil o número de pessoas que deixaram de viver no país no espaço de sete anos. A queda nos residentes aconteceu no ano passado apesar do aumento dos nascimentos.  

Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2016 residiam em Portugal 10.309.573 pessoas, menos 31.757 pessoas do que no ano anterior.

Os dados revelados esta sexta-feira indicam que em 2009 o número de pessoas a viver em Portugal era de 10.573.479. No ano seguinte, a população começou a encolher, uma tendência que se manteve até ao ano passado.

Em 2016, a população recuou 0,3% face ao ano anterior, um resultado que segundo o INE tem duas explicações: o saldo migratório continua negativo (ou seja, há mais pessoas a sair do que a entrar) e o número de nascimentos subiu, mas não de forma suficiente para compensar o número de óbitos.

Apesar da descida do número e emigrantes permanentes face ao ano anterior, manteve-se a relação de um número maior de emigrantes (saídas) do que de imigrantes (entradas). Saíram 38.273 pessoas para viver no estrangeiro e entraram apenas 29.925 imigrantes permanentes.  

Em 2016, nasceram em Portugal 87.126 crianças, mais 1,9% do que no ano anterior. No entanto, morreram 110.535 pessoas (também mais 1,9% do que no ano anterior). Esta evolução fez com que o saldo natural (que mede a diferença entre nascimentos e mortes) se mantivesse desfavorável.  

Indicadores de natalidade melhoram, mas pouco

Os dados do INE mostram uma tendência de recuperação dos indicadores de natalidade, mas insuficiente para contraria a tendência desfavorável dos últimos anos.

A par do crescimento do número de crianças em Portugal - mais 1.626 nados vivos em 2016 face ao ano anterior - aconteceu um aumento do número de filhos por mulher em idade fértil. 

No ano passado, este indicador subiu para 1,36, registando assim um novo aumento face aos 1,30 registados em 2015. Apesar desta subida, a terceira seguida, o número de filhos por mulher em idade fértil mantém-se abaixo dos valores pré-crise. Em 2010, este indicador atingiu 1,39.

Na informação publicada esta sexta-feira, o INE volta a chamar a atenção para as consequências que esta tendência, conjugada com o envelhecimento da população, tem no mercado de trabalho.

A idade média da população residente em Portugal passou de 43,7 anos em 2015 para 43,9 anos em 2016. Por cada 100 jovens residiam em Portugal 112 idosos.

O INE destaca que "desde 2010 que o número de pessoas em idade potencial de saída do mercado de trabalho não é compensado pelo número de pessoas em idade potencial de entrada no mercado de trabalho".


(Notícia actualizada às 12:05) 

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