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Poiares Maduro: Governo defende "competitividade inteligente" em territórios de baixa densidade

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, defendeu hoje que as regiões do interior devem "apostar" numa competitividade inteligente, partindo dos recursos endógenos que "diferenciam" esses territórios.

Bruno Simão/Negócios
05 de Março de 2015 às 20:01
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"Nós temos que apostar numa competitividade que parta dos factores que nos diferenciam, partam daquilo que são os recursos endógenos do nosso território, acrescentando valor a esses recursos endógenos", disse.

 

"E é essa competitividade inteligente que é extremamente poderosa para o país, e é essa competitividade inteligente que é, sobretudo, valiosa para os territórios de baixa densidade, para o interior", acrescentou.

 

Miguel Poiares Maduro falava em Portalegre no decorrer da cerimónia de inauguração da fábrica Robcork, unidade que se dedica à transformação de cortiça para o fabrico de aglomerados técnicos de isolamento e revestimento.

 

Para o governante, a aposta numa competitividade inteligente conduzirá o país no sentido de "inverter" um processo que ao longo de décadas se traduziu numa "desvalorização" económica e social dos territórios do interior.

 

"Ao Estado compete não apenas promover, apoiar, finalizar esse tipo de competitividade inteligente, compete também, sempre que possível, oferecer incentivos que promovam essa competitividade e sobretudo favoreçam os investimentos nestes territórios de baixa densidade", defendeu.

 

Nesse sentido, Miguel Poiares Maduro recordou que o programa "Portugal 2020" possui de "forma reforçada" vários apoios para desenvolver os territórios de baixa densidade, entre os quais destacou a aplicação de uma majoração de 10 por cento aos investimentos desenvolvidos nesses territórios.

 

Sublinhando que o Estado está a desenvolver um trabalho na "valorização" económica e social dos territórios de baixa densidade, Miguel Poiares Maduro reconheceu ainda que "não é um processo fácil" de concretizar. "Não é um processo fácil, não é um processo que se faça do dia para a noite, mas é um processo que tem de assentar, em primeiro lugar, nessas políticas públicas diferenciadoras que reconheçam a realidade diferente destes territórios", disse.

 

A unidade fabril que o governante inaugurou em Portalegre contou com um investimento de 15 milhões de euros, comparticipados em 30% por fundos comunitários.

 

A empresa criou para já 40 postos de trabalho, mas espera atingir os 100 postos de trabalho numa primeira fase do projecto.

 

A Robcork, que foi inaugurada seis anos depois da sua fundação, encontrando-se finalmente apta para entrar em laboração, tem a distribuição dos seus produtos assegurada nos Estados Unidos da América, Rússia, Itália e Japão.

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