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Poiares Maduro: Governo defende "competitividade inteligente" em territórios de baixa densidade
O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, defendeu hoje que as regiões do interior devem "apostar" numa competitividade inteligente, partindo dos recursos endógenos que "diferenciam" esses territórios.
"Nós temos que apostar numa competitividade que parta dos factores que nos diferenciam, partam daquilo que são os recursos endógenos do nosso território, acrescentando valor a esses recursos endógenos", disse.
"E é essa competitividade inteligente que é extremamente poderosa para o país, e é essa competitividade inteligente que é, sobretudo, valiosa para os territórios de baixa densidade, para o interior", acrescentou.
Miguel Poiares Maduro falava em Portalegre no decorrer da cerimónia de inauguração da fábrica Robcork, unidade que se dedica à transformação de cortiça para o fabrico de aglomerados técnicos de isolamento e revestimento.
Para o governante, a aposta numa competitividade inteligente conduzirá o país no sentido de "inverter" um processo que ao longo de décadas se traduziu numa "desvalorização" económica e social dos territórios do interior.
"Ao Estado compete não apenas promover, apoiar, finalizar esse tipo de competitividade inteligente, compete também, sempre que possível, oferecer incentivos que promovam essa competitividade e sobretudo favoreçam os investimentos nestes territórios de baixa densidade", defendeu.
Nesse sentido, Miguel Poiares Maduro recordou que o programa "Portugal 2020" possui de "forma reforçada" vários apoios para desenvolver os territórios de baixa densidade, entre os quais destacou a aplicação de uma majoração de 10 por cento aos investimentos desenvolvidos nesses territórios.
Sublinhando que o Estado está a desenvolver um trabalho na "valorização" económica e social dos territórios de baixa densidade, Miguel Poiares Maduro reconheceu ainda que "não é um processo fácil" de concretizar. "Não é um processo fácil, não é um processo que se faça do dia para a noite, mas é um processo que tem de assentar, em primeiro lugar, nessas políticas públicas diferenciadoras que reconheçam a realidade diferente destes territórios", disse.
A unidade fabril que o governante inaugurou em Portalegre contou com um investimento de 15 milhões de euros, comparticipados em 30% por fundos comunitários.
A empresa criou para já 40 postos de trabalho, mas espera atingir os 100 postos de trabalho numa primeira fase do projecto.
A Robcork, que foi inaugurada seis anos depois da sua fundação, encontrando-se finalmente apta para entrar em laboração, tem a distribuição dos seus produtos assegurada nos Estados Unidos da América, Rússia, Itália e Japão.