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Pires de Lima: Portugueses não merecem viver num Estado de servidão fiscal

O ministro da Economia afirmou esta terça-feira que os portugueses não merecem viver num Estado que as submeta a uma servidão fiscal e sublinhou que a recuperação da economia portuguesa não precisa de mais impostos neste momento.

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03 de Junho de 2014 às 22:13
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Questionado sobre se haverá aumentos de impostos em consequência da decisão do Tribunal Constitucional, que chumbou três normas do Orçamento do Estado, António Pires de Lima afirmou: "Acho que os portugueses não merecem viver num Estado que, de forma permanente e sem sinais de esperança, as submeta a uma servidão fiscal".

 

O ministro, que falava aos jornalistas à margem da conferência "Internacionalização das Economias" dos países no espaço lusófono, organizado pela AICEP, acrescentou que "a economia e a recuperação económica, aquilo que menos precisa neste momento é de mais impostos".

 

"Espero, francamente, que todo este trabalho notável que as empresas, empresários, gestores os trabalhadores estão a fazer para levantar Portugal, para recuperar Portugal, não venha a ser posta em causa por uma interpretação constitucional tão rígida que remeta o esforço de consolidação orçamental que ainda temos de fazer nos próximos anos, o défice em 2013 foi de 4,9%, para uma via fiscal", afirmou o governante.

 

"Acho que é minha obrigação enquanto ministro da Economia ser claro: acho que a economia, as empresas não suportam mais impostos, eles podem pôr em causa este esforço de recuperação económica que estamos a sentir", sublinhou.

 

Também "as famílias não merecem pagar mais impostos, acho que merecem viver num país que não os submeta, ainda por cima de uma forma permanente, a um estado de servidão fiscal", apontou.

 

Sobre os dados hoje divulgados sobre a taxa de desemprego, Pires de Lima destacou que "pela primeira vez em muitos meses" esta "desceu abaixo do nível dos 15%", mais concretamente para os 14,6%. "É evidente que é ainda muito desemprego e é preciso continuar a trabalhar", quer a nível do sector privado como do Estado para que a taxa continue a recuar.

 

"Mas é importante dar nota do trabalho extraordinário das empresas que permitiu que a taxa de desemprego nos últimos 12 meses caísse 2,7% e que nos últimos 15 meses caísse 3,1%. É a maior queda verificada em todo o espaço da zona euro" nos últimos 15 meses, acrescentou. "São sinais animadores que merecem o esforço de todos para que possam ter continuidade", disse Pires de Lima.

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