A economia espanhola terá contraído 0,4% nos três meses acabados em Setembro face ao trimestre anterior, revelou há minutos o Banco de Espanha no relatório mensal divulgado hoje e citado pela Bloomberg.

A queda de 0,4% é igual a do segundo trimestre e foi menor que o recuo de 0,7% previsto pela média das previsões de 10 economistas consultados pela agência noticiosa. Este será o quinto trimestre consecutivo de queda da economia espanhola. O recuo homólogo terá sido de 1,7%, estima o Banco de Espanha.

Os resultados chegam num momento especialmente sensível para a economia espanhola, com Mariano Rajoy a resistir a um pedido de assistência financeiro à UE e as decisões europeias a não serem claras sobre a forma de resolver a crise bancária em Espanha, nomeadamente a forma de recapitalização do sistema bancário espanhol.

“O progresso não é conclusivo , há muita incerteza em relação a Espanha neste momento”, disse à Bloomberg Ebrahim Rahbari, economista do Citigroup. “Há pontos de interrogação sobre o sector bancário, as contas publicas e os fundamentais económicos sugerem que veremos um bailout mais cedo que tarde”, acrescentou.

A pressão para que o Governo espanhol acabe por solicitar assistência financeira está a crescer. Ontem o IEE, um instituto de investigação associado ao principal lobby da industria do País, incentivou o Governo a fazê-lo: “é muito difícil competir quando alguns dos nossos parceiros europeus se financiam a 1% e nós pagamos 6%”, afirmou, citado pela Bloomberg, Joaquin Trigo, director do IEE.