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Passos Coelho já enviou pedido de esclarecimento para a PGR

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já enviou à Procuradoria-Geral da República uma carta pedindo esclarecimentos sobre se cometeu ou não ilícitos enquanto foi deputado, disse à Lusa fonte do seu gabinete. A PGR já confirmou a recepção do pedido

Miguel Baltazar/Negócios
24 de Setembro de 2014 às 15:11
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De acordo com a mesma fonte, a carta - cujo conteúdo não foi divulgado - seguiu para a Procuradoria ao início da tarde desta quarta-feira, 24 de Setembro.

 

A PGR já confirmou a recepção do pedido, revelando que "o requerimento será analisado no âmbito das competências do Ministério Público legalmente previstas", de acordo com a informação enviada às redacções.

 

Na terça-feira, o primeiro-ministro anunciou que iria pedir à Procuradoria-Geral da República que esclareça se cometeu ou não algum ilícito relativo às suas obrigações legais e fiscais enquanto foi deputado, e prometeu tirar "todas as consequências".

 

"Julgo que é importante para o desempenho de funções públicas que seja a própria Procuradoria-Geral da República a esclarecer exactamente os termos em que essa relação de natureza jurídica possa ter ocorrido entre uma empresa na qual prestei serviços [a Tecnoforma], seguramente desde que saí do parlamento, e aquilo que são as obrigações legais, que compete também à Procuradoria poder esclarecer se envolvem algum ilícito ou não", afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Na semana passada, a revista Sábado noticiou que a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, recebeu uma denúncia sobre alegados pagamentos do grupo Tecnoforma a Passos Coelho quando este desempenhou funções de deputado em exclusividade entre 1995 e 1999 (e que ascenderiam a 150 mil euros).

 

O jornal Público escreveu na terça-feira que, "em 1999, o actual primeiro-ministro requereu - e foi-lhe concedido - um subsídio de reintegração de cerca de 60 mil euros, destinado a deputados em dedicação exclusiva".

 

A secretaria-geral da Assembleia da República, em esclarecimentos emitidos nos últimos dias, afirmou que "não existe" no parlamento uma "declaração de exclusividade" de Pedro Passos Coelho enquanto deputado entre 1995 e 1999 e que a posterior atribuição de subsídio de reintegração ter-se-á baseado na "situação factual relativa aos dados sobre os rendimentos do período em causa".

 

(Notícia actualizada às 15h45 com a confirmação da PGR)

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