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Passos Coelho alega que UE e FMI estão a contar com mudança de Governo em Portugal

O presidente do PSD introduziu ontem na sua campanha para as legislativas o tema do Rendimento Social de Inserção (RSI), defendendo que quem recebe essa prestação e pode trabalhar deve fazer trabalho cívico.

31 de Maio de 2011 às 08:19
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O presidente do PSD alegou ontem que a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão a contar com a mudança de Governo em Portugal na sequência das legislativas de 5 de Junho.

"Eles não podem dizer que o Governo tem de mudar, porque eles não podem ingerir-se na política portuguesa, mas, no fundo, é com isso que eles contam", declarou Passos Coelho, num discurso na Quinta do Santoinho, em Darque, no concelho de Viana do Castelo.

Segundo o presidente do PSD, se "os elementos da UE e do FMI" não contassem com a mudança de Governo, hoje não se teriam dirigido a Portugal para dizer: "Então os outros partidos que podem ganhar as eleições não nomearam já alguém para se inteirarem dos problemas, um alto-comissário que prepare tudo o que é preciso para o dia a seguir às eleições?".

Passos Coelho acrescentou que o PSD fez "o trabalho de casa" está preparado "para cumprir o acordo" de ajuda externa "assinado por Portugal" apesar de este ter sido alterado e ter agora "prazos mais apertados".

Passos aplaudido ao defender trabalho cívico para que quem recebe RSI e pode trabalhar

O presidente do PSD introduziu ontem na sua campanha para as legislativas o tema do Rendimento Social de Inserção (RSI), defendendo que quem recebe essa prestação e pode trabalhar deve fazer trabalho cívico.

Pedro Passos Coelho, que discursava na Quinta do Santoinho, em Darque, no concelho de Viana do Castelo, recebeu palmas quando defendeu esta posição, que consta do programa eleitoral do PSD.

O presidente do PSD contou que hoje de manhã conversou com um jovem que servia às mesas num restaurante, que se queixou de não ter direito a um estágio remunerado no final do curso por ter sido trabalhador-estudante, "ganhando a vida para poder estudar".

Por sua vez, "aqueles que recebem RSI e que trabalham não passando recibos, esses são premiados pelo Estado", acrescentou Passos Coelho.

"É disto que falo quando falo de haver justiça. O RSI é necessário, mas é necessário para quem precisa. E aqueles que o recebem e que não são idosos, e que não são deficientes, e que podem trabalhar, que ajudem as instituições de solidariedade social com trabalho cívico e de voluntariado para ajudar os que precisam ainda mais", concluiu.

Por outro lado, no seu discurso, o presidente do PSD elogiou a ex-bastonária da Ordem dos Advogados Maria de Jesus Serra Lopes, que também discursou na Quinta do Santoinho, pela "dedicação absoluta" com que ocupou esse cargo, sublinhando que o fez "sem nenhuma retribuição".

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