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Passos Coelho merece condecoração mas "entende que é cedo", diz Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta segunda-feira que Pedro Passos Coelho merece ser condecorado pelo serviço ao país como primeiro-ministro, mas declarou respeitar o seu entendimento de que "é cedo" para esse reconhecimento.

Lusa
01 de Outubro de 2018 às 20:38
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Em resposta aos jornalistas, à saída de uma conferência na Universidade Autónoma de Lisboa, o chefe de Estado confirmou a notícia do jornal Expresso de que mandou sondar Passos Coelho "há cerca de um ano, quando ele saiu das funções de líder do partido [PSD], sobre a hipótese de vir a receber, como os antigos primeiros-ministros, a Grã-Cruz da Ordem de Cristo", e de que este recusou.

 

Segundo o Presidente da República, "de uma forma, aliás, muito amável", o anterior primeiro-ministro "disse que entendia que era cedo, no seu percurso, esse reconhecimento nacional".

 

"Eu acho que era merecida [a condecoração], merecida em valor absoluto e merecida em valor relativo, em atenção a uma prática tradicional. Mas, se o próprio entende que é cedo, há que respeitar essa razão", considerou.

 

Interrogado se espera ainda condecorar Pedro Passos Coelho durante o seu mandato presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Isso aí era eu estar a pronunciar-me sobre a intervenção política de alguém que depende em primeira linha dele. Portanto, não me vou pronunciar. Cabe ao próprio, um dia mais tarde, verificar se, sim ou não, estão preenchidas as condições para não ser cedo a condecoração".

 

"Agora vamos deixar o fluir dos acontecimentos na vida nacional e na intervenção do doutor Pedro Passos Coelho", sugeriu, perante a insistência dos jornalistas sobre se pensa ou não voltar a sondar o ex-presidente do PSD.

 

O jornal Expresso noticiou no sábado que o anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, "foi sondado pela Presidência da República para ser condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa, mas recusou".

 

Hoje, em resposta aos jornalistas, o Presidente da República afirmou ter ficado "persuadido por essa posição" de Passos Coelho, "o ser cedo ainda esse reconhecimento, que existiu para os demais primeiros-ministros, com uma excepção". "Portanto, acabou por não haver a condecoração", referiu.
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