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Partidos portugueses aprovam voto de pesar e condenação

Os partidos com assento parlamentar aprovaram um voto de condenação e pesar na Assembleia da República, deixando fortes críticas aos atentados de hoje, apelando a maior coordenação na Europa e a uma resposta que não se deixe toldar pelo populismo, mas não hesite na defesa da liberdade.

Miguel Baltazar
22 de Março de 2016 às 17:42
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Pedro Delgado Alves - PS

[Os fenómenos de terrorismo têm de ser combatidos com os meios do Estado de Direito, com os meios que permitem reforçar a cooperação policial entre os diferentes países e que combatem a exclusão social - exclusão social que alimenta os fundamentalismos e os extremismos (…) Infelizmente acrescentamos hoje Bruxelas, a Nova Iorque, Paris, Madrid, Londres, Bagdade, Telavive, Beirute, Istambul, Moscovo ou Damasco, a tantas cidades que lidam com o fenómeno do terrorismo. Partilhamos os mesmos dramas, os mesmos valores e morremos da mesma maneira indistintamente de sermos belgas ou portugueses, flamengos ou valões, emigrados ou naturais, cristãos ou ateus, judeus ou muçulmanos, pobres ou ricos. Morremos todos da mesma maneira.

 

Pedro Filipe Soares – Bloco de Esquerda

Confrontados com este terror, a nossa primeira resposta deve ser da mais humilde humanidade (…) Os nossos mortos merecem mais do que o nosso ódio e o ódio era a vitória daqueles que quiseram levar as bombas e que mataram com essas bombas (…)

Não aceitamos ser instrumentalizados naquilo que aqueles que colocaram as bombas querem: que haja um choque de civilizações e de religiões.

 

Carla Cruz – PCP

O PCP manifesta às vítimas e seus familiares a sua consternação e sentimento de pesar, expressando ao povo belga a sua solidariedade. Quaisquer que sejam as suas causas, formas e objectivos, o terrorismo serve sempre os interesses mais reaccionários (…) crimes desta natureza não podem ser desligados de uma situação internacional que continua marcada por ingerências e agressões contra Estados soberanos. (…) [A reacção europeia não pode deve ceder aos perigos] de instrumentalização de genuínos sentimentos de indignação, tendo em vista impor medidas de cariz securitário ainda mais atentatórias de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

 

Luis Marques Guedes – PSD

Os atentados terroristas são actos bárbaros de uma selvajaria desumana (…) São mais do que isso: a arma do terror tem sempre alvos directos, que através da infecção do medo, visa alcançar. Esses alvos somos nós, a nossa liberdade, a nossa tolerância, o nosso respeito pelo outro e pela diferença, o nosso modelo democrático de sociedade (…) Mas não cederemos ao propósito de deixar encolher estes valores. Temos o dever de nos saber defender e passar essa mensagem a quem nos procura destrui. 

 

Telmo Correia – CDS-PP

[O terrorismo] atacou no coração da Europa e na capital política da União Europeia [pretendendo] gerar o pânico e o medo. [Deixamos uma] palavra de consternação, de pesar, de tristeza, de solidariedade para o reino da Bélgica e para todos aqueles que desde a primeira hora estiveram no auxílio às vítimas (…) Não recuaremos um milímetro que seja na defesa do humanismo, dos que precisam (…) [Nunca serão usados] métodos que sejam comparáveis a qualquer tipo de terror (…) [Mas] não desistiremos nunca de um objetivo, de garantir a segurança dos nossos concidadãos. Não aceitamos qualquer tipo de desculpabilização"

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