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Parlamento alemão aprova ajuda financeira suplementar à Grécia

O parlamento alemão (Bundestag) aprovou hoje por maioria uma moção a favor de um apoio financeiro suplementar à Grécia, na condição de os credores privados participarem na reestruturação da dívida grega, e de a respectiva maturidade ser prolongada.

10 de Junho de 2011 às 12:39
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Além disso, os partidos da coligação governamental, democratas cristãos e liberais, exigiram que Atenas aplique um rigoroso programa de privatizações e de reformas para sanear as contas públicas.

A questão da participação dos credores privados - primordialmente seguradoras e bancos franceses e alemães - na reestruturação da dívida grega, e a aceitação do prolongamento da respectiva maturidade está ainda em aberto, sublinharam vários observadores políticos.

A votação no Bundestag não é determinante para a concessão das novas ajudas à Grécia, que deverão atingir cerca de 90 mil milhões de euros, segundo o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble.

No entanto, a decisão favorável de Berlim pode facilitar as próximas negociações a nível europeu e a aprovação dos novos créditos pelos restantes 15 países membros da moeda única.
No discurso no Bundestag, antes da votação, Schaeuble (na foto) voltou a advertir para as "consequências globais" de uma eventual bancarrota desordenada da Grécia, se não houver novo plano de apoio europeu e do FMI.

Simultaneamente, o ministro alemão considerou "inevitável" a participação do sector privado na solução do problema, e uma "repartição justa dos custos" entre os contribuintes e o sector financeiro.

Schaeuble voltou também a advogar a troca dos actuais títulos da dívida grega por novos títulos com uma maturidade de mais sete anos, para dar tempo a Atenas de reconquistar a confiança dos mercados e voltar a refinanciar-se nos mercados financeiros.

Frank-Walter Steinmeier, líder parlamentar da bancada dos sociais democratas, maior partido da oposição, apoiou as propostas de Schaeuble, sublinhando ainda que o que está em jogo actualmente na Europa "é mais do que os empréstimos à Grécia, é talvez a maior crise desde a fundação da União Europeia".

Os comunistas renovadores do Die Linke, por sua vez, acusaram o governo de ter agravado a crise da Grécia, ao impor aumentos de impostos e cortes sociais.

Quanto aos Verdes, apoiaram os novos créditos à Grécia, mas advertiram também contra o risco de o país entrar em recessão ainda maior, com as medidas de austeridade exigidas pelo FMI e pela UE.

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