Notícia
Pacto para crescimento: Draghi pede, Hollande quer, Sarkozy deseja e Merkel ambiciona
Se for eleito presidente da França, François Hollande não vai ratificar o pacto orçamental europeu. É preciso acrescentar crescimento, diz o candidato socialista. Mario Draghi lançou hoje o mesmo alerta. Sarkozy garante que todos perseguem o crescimento. Sem gastos públicos. Merkel também diz que a Europa precisa de crescimento. Não com mais gastos e sim com reformas estruturais.
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“Temos um pacto orçamental. Mas o que mais está presente na minha cabeça agora é termos um pacto de crescimento”. O alerta foi hoje dado pelo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, em declarações a deputados do Parlamento Europeu.
“Ele está a falar a língua de Hollande”, reagiu Michel Sapin, antigo ministro francês e um dos nomes ligados à campanha de François Hollande para chegar ao Eliseu. “Vemos uma evolução na posição do BCE de que está a começar a ter em conta a gravidade da situação”, continuou, segundo a Bloomberg.
O candidato socialista, que se opõe a Nicolas Sarkozy, tem defendido que já há austeridade suficiente na Europa. O crescimento é o que está a faltar para resolver os problemas financeiros dos países da região, diz Hollande.
Essa é a razão para que o gaulês diga que, caso seja eleito presidente a 6 de Maio, na segunda volta das eleições, o pacto orçamental, que define limites aos défices e dívidas dos países que o assinam, não será assinado pela França, segundo cita a agência Bloomberg. Não será assinado na sua actual forma. Se houver condições para reforçar o crescimento, a postura será diferente.
“Prometo responsabilidade orçamental o suficiente para que ninguém questione os meus compromissos. O crescimento será a condição”, comentou hoje François Hollande aos jornalistas, em Paris, segundo a Bloomberg. Por isso, no dia depois de ser eleito presidente, caso derrote Sarkozy, o candidato vai enviar, de acordo com a Reuters, uma carta aos líderes da União Europeia com ideias para melhorar o crescimento económico na região.
A Alemanha precisa de perceber, defende Hollande, que o crescimento vai ajudar a Europa. Mas, diz Merkel, a Alemanha já o percebeu. A Europa precisa de crescimento “da forma que Mario Draghi, o presidente do BCE, defendeu hoje, que é através de reformas estruturais”. Por isso, apoia esse pacto de crescimento falado por Draghi. A chanceler alemã rejeita, contudo, um maior crescimento económico através de estímulos dados pelo aumento da despesa.
Como ficarão as ligações franco-alemães, caso Hollande ocupe o lugar de Sarkozy? O socialista será “firme e simpático” nas conversações com Merkel, mas a discussão terá de ser inaugurada. “Não há é necessidade de criar um conflito, mesmo não estando nós a esconder as nossas divergências”, disse aos jornalistas.
Sarkozy afasta Draghi de Hollande
Mas, a verdade, é que tudo tem que ver com a forma de se alcançar esse crescimento. Nicolas Sarkozy veio já defender-se. E fez questão de afastar a colagem feita entre Draghi e Hollande.
“Draghi não está a dizer que precisamos de gastar mais e de contratar mais funcionários públicos”, diz o actual presidente gaulês. O presidente do BCE não quer gastar mais dinheiros públicos para conseguir crescer, igualando a postura de Merkel.
“Toda a gente na Europa quer mais crescimento. Porque é que eu haveria de rejeitá-lo em França”, questionou-se Sarkozy em entrevista à TF1, citado pela Bloomberg.
(Notícia actualizada com citações de Nicolas Sarkozy)
“Ele está a falar a língua de Hollande”, reagiu Michel Sapin, antigo ministro francês e um dos nomes ligados à campanha de François Hollande para chegar ao Eliseu. “Vemos uma evolução na posição do BCE de que está a começar a ter em conta a gravidade da situação”, continuou, segundo a Bloomberg.
Essa é a razão para que o gaulês diga que, caso seja eleito presidente a 6 de Maio, na segunda volta das eleições, o pacto orçamental, que define limites aos défices e dívidas dos países que o assinam, não será assinado pela França, segundo cita a agência Bloomberg. Não será assinado na sua actual forma. Se houver condições para reforçar o crescimento, a postura será diferente.
“Prometo responsabilidade orçamental o suficiente para que ninguém questione os meus compromissos. O crescimento será a condição”, comentou hoje François Hollande aos jornalistas, em Paris, segundo a Bloomberg. Por isso, no dia depois de ser eleito presidente, caso derrote Sarkozy, o candidato vai enviar, de acordo com a Reuters, uma carta aos líderes da União Europeia com ideias para melhorar o crescimento económico na região.
A Alemanha precisa de perceber, defende Hollande, que o crescimento vai ajudar a Europa. Mas, diz Merkel, a Alemanha já o percebeu. A Europa precisa de crescimento “da forma que Mario Draghi, o presidente do BCE, defendeu hoje, que é através de reformas estruturais”. Por isso, apoia esse pacto de crescimento falado por Draghi. A chanceler alemã rejeita, contudo, um maior crescimento económico através de estímulos dados pelo aumento da despesa.
Como ficarão as ligações franco-alemães, caso Hollande ocupe o lugar de Sarkozy? O socialista será “firme e simpático” nas conversações com Merkel, mas a discussão terá de ser inaugurada. “Não há é necessidade de criar um conflito, mesmo não estando nós a esconder as nossas divergências”, disse aos jornalistas.
Sarkozy afasta Draghi de Hollande
Mas, a verdade, é que tudo tem que ver com a forma de se alcançar esse crescimento. Nicolas Sarkozy veio já defender-se. E fez questão de afastar a colagem feita entre Draghi e Hollande.
“Draghi não está a dizer que precisamos de gastar mais e de contratar mais funcionários públicos”, diz o actual presidente gaulês. O presidente do BCE não quer gastar mais dinheiros públicos para conseguir crescer, igualando a postura de Merkel.
“Toda a gente na Europa quer mais crescimento. Porque é que eu haveria de rejeitá-lo em França”, questionou-se Sarkozy em entrevista à TF1, citado pela Bloomberg.
(Notícia actualizada com citações de Nicolas Sarkozy)