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“Não vou pedir a demissão”, garante ministra da Administração Interna

Constança Urbano de Sousa diz que é demasiado cedo para debater as conclusões do relatório da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios na região Centro e que não vai apresentar a sua demissão.

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13 de Outubro de 2017 às 11:30
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Constança Urbano de Sousa, ministra da Administração Interna, garantiu esta sexta-feira, 13 de Outubro, no Parlamento, que não vai apresentar a sua demissão do cargo, depois de o relatório da Comissão Técnica Independente sobre o incêndio de Pedrógão ter apontado que as consequências mais graves podiam ter sido evitadas.

 

"Não, não vou pedir a demissão, senhor deputado", garantiu a ministra na Assembleia da República dirigindo-se ao deputado do CDS Nuno Magalhães num debate pedido pelo PSD para debater o relatório técnico independente sobre os incêndios de Junho que vitimaram mais de 60 pessoas.

 

A ministra da Administração Interna criticou o "timing" do debate – menos de 24 horas depois da divulgação do relatório – dizendo que não pode gerar uma análise séria.

 

"Debater um relatório com esta profundidade e complexidade a menos de 24 horas de ser conhecido não pode ser um debate sério. Tirar conclusões agora é manifestamente pouco sério", apontou.

 

"O PSD exigiu a minha presença poucas horas depois de ter tido conhecimento do relatório, o que não pode ser tido como uma chamada para um debate sério. Não vou tirar conclusões sobre um relatório que ninguém teve tempo de analisar com cuidado. É algo a que me recuso", acrescentou Constança Urbano de Sousa.

 

A ministra sublinhou que a única coisa "que podemos analisar com seriedade" é a nota enviada à comunicação social, e através da qual se conclui "que houve falhas".

 

"Em primeiro lugar falhou a prevenção estrutural, que já tem anos", apontou. "Também resulta deste relatório que o crescimento do fogo foi superior à capacidade de extinção. E que a maioria das mortes deveu-se a um fenómeno extremo que não podia ter sido previsto por nenhum serviço de protecção civil do mundo".

O relatório divulgado esta quinta-feira conclui que as consequências mais graves dos incêndios de Junho podiam ter sido evitadas e que deveriam ter sido dadas ordens para retirar as pessoas das aldeias em torno de Pedrógão Grande. 


(Notícia actualizada às 11:46)

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