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“Não há contradições” e “toda a informação foi prestada”, garante João Galamba

O ministro das Infraestruturas veio esclarecer os acontecimentos que envolveram o seu ex-assessor e afirma que nada ficou por contar à comissão de inquérito parlamentar à TAP. SIS foi chamado para guardar o computador que tinha “um amplo acervo de documentos classificados”, explicou.

João Galamba, secretário de Estado da Energia, continua a ter a REN e a Galp em tribunal contra a CESE.
Miguel Baltazar
29 de Abril de 2023 às 14:43
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O Ministério das Infraestruturas enviou ao Parlamento e em concreto à comissão de inquérito parlamentar (CPI) à TAP toda a informação disponivel sobre a reunião entre o grupo parlamentar do PS e a ex-CEO da transportadora, garantiu este sábado o ministro das Infraestruturas, explicando que o seu gabinete pediu mesmo  a prorrogação do prazo que lhes tinha sido dado pelo Parlamento para poder incluir as polémicas notas do seu ex-assessor, Frederico Pinheiro. 

João Galamba, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa convocada de urgência este sábado, ao início da tarde, para prestar esclarecimentos sobre o caso que envolve a exoneração de Frederico Pinheiro, explicou, também, que o SIS foi, efetivamente, chamado, para garantir a segurança do computador do ex-assessor, o qual continha "um amplo acerdo de informação classificada". 

Este Governo não pode em circunstância alguma ser acusado de ocultar informação" e "tudo fizemos para poder enviar toda a informação", frisou. "O meu gabinete disponibilizou toda a informação à CPI", insistiu e "tudo se encontra neste momento nas mãos dos deputados".

Numa declaração cheia de detalhes, o ministro desfiou a linha do tempo e os vários acontecimentos ocorridos, a partir de 5 de abril, após a audição de Christine Ourmières-Widener no Parlamento, quando foi convocada uma "reunião de gabinete" para "recolher toda a informação havida sobre a reunião com o grupo parlamentar do PS". 

Nessa reunião, explicou Galamba, "foi solicitado aos membros do gabinete que acompanharam a reunião, que relatassem o sucedido e fornecessem todos os elementos  recolhidos", sendo que "nenhum dos membros deu indicação de haver registos documentais ou de ter havido combinação de perguntas". Depois dessa reunião, "foram sendo feitas insistencias junto de Frederico Pinheiro,que acompanhava o dossier da TAP, para apurar se este estava em posse de algum outro elemento", prosseguiu o ministro.

Só a 24 de abril, último dia do prazo para responder à CPI, e estando o João Galamba fora, em Singapura, é que Frederico Pinheiro avisou a chefe de gabinete "de que teria notas dessa reunião", tendo-lhe então sido solicitado "que as emnviasse o quanto antes para o cumprimento do prazo" mas "apesar de reiterados pedidos, Frederico Pinheiro não forneceu os mesmos" e "em consequencia, o Ministério das Infraestruturas viu-se obrigado a solicitar a prorrogação do prazo à CPI até 26 de abril", descreveu Galamba. 

Nessa altura, foram então "enviados todos os elementos à CPI, incluindo as notas de Frederico Pinheiro, sublinhando que eram notas pessoais e que o seu conteudo não tinha sido confirmado por nenhum dos elementos" também presentes na reunião. 

Esta sequência de factos, considera o ministro, "mostra que o gabinete nunca quis ocultar qualquer informação" e, também, que não existem quaisquer contradições. 

Agressão bárbara e intervenção do SIS

Considerando que houve "sonegação de informação por parte de Frederico Pinheiro, o ministro avançou então com a sua exoneração. O ex-assessor dirigiu-se então a ministério para recolher o seu computador, tendo então ocorrido os factos já noticiados e que resultaram numa "bárbara agressão" a várias pessoas do gabinete, sublinhou João Galamba.

O ministro confirmou, por outro lado, que o SIS tinha sido chamado, tal como a PJ e a PSP - esta última logo na sequência das agressões, que obrigaram "cinco pessoas a refugiarem-se na casa de banho". Tendo sido "agredida com violencia a minha chefe de gabinete e uma assessora de imprensa, foi chamada a PSP, chamados os serviços de informação e feita participação à PJ". 

 

"Os factos são cristalinos"

 

João Galamba entende que tem todas as condições para prosseguir como ministro. "Não há aqui nenhuma contradição, os factos são cristalinos e demonstram o esforço e tentativas reiteradas para que tudo fosse recolhido e quando se percebeu que não estava, se pedisse uma prorrogação do prazo", insistiu Galamba, afirmando que entende "ter todas as condições para participar neste Governo". 

 

(notícia atualizada com mais informação)

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