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Marcelo reconhece que caso Galamba "é matéria sensível" e deve ter tratamento "discreto"

O Presidente da República considera que a questão deve ser tratada "discretamente" como o são outras questões importantes para o país. E deixa um aviso: "pode haver alguma boa economia e isso não ser suficiente para haver boa política".

André Kosters / Lusa
01 de Maio de 2023 às 12:10
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O Presidente da República considera que o caso que envolve o gabinete do ministro das Infraestruturas, João Galamba, é "matéria sensível" e que deve ser tratado de forma "discreta".

"Estes casos normalmente são discretos", começou por afirmar Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que "matérias muito sensíveis de Estado são discretas. As pessoas não têm noção, mas são tratados muito discretamente. Em questões de dossiês importantes económicos ou políticos, as intervenções são discretas", frisou esta segunda-feira em declarações à margem de uma visita a uma exposição sobre o 1.º de Maio, em Lisboa e transmitidas pela RTP3.

O Presidente da República defende que "em determinados temas, particularmente sensíveis, o seu tratamento não é na praça pública, não é nos holofotes da comunicação social", recusando revelar se já falou com o primeiro-ministro ou se marcou a prometida conversa com António Costa sobre a polémica que envolve o ministro das Infraestruturas e o ex-adjunto, Frederico Pinheiro.

"Não cabe a mim estar a dizer 'no dia tal', 'hora tal', 'nestas circunstâncias'", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado sobre se já tinha marcado uma reunião com o primeiro-ministro.

Boa economia nem sempre é sinal de "boa política"

O Presidente da República que foi curto nas declarações reafirmou que sem falar com o primeiro-ministro - que se encontra de fora de Lisboa - não vai fazer mais considerações sobre esta matéria, mas deixou um aviso ao Governo.

"Sem boa economia é difícil boa política, mas pode haver alguma boa economia e isso não ser suficiente para haver boa política", frisou.

Esta declaração surge depois de conhecidos os dados do crescimento económico para o primeiro trimestre deste ano, que surpreendeu ao ter acelerado 1,6% face aos últimos três meses de 2022 e 2,5% em termos homólogos e que o Governo e o PS têm destacado como "boas notícias" para o país.

(Notícia atualizada às 12:50)
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