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Mexia admite nova travessia sobre o Tejo entre Algés e Trafaria

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mexia, admitiu que a terceira travessia rodoviária do Tejo na área metropolitana de Lisboa poderá ser feita entre Algés e a Trafaria, por túnel ou por ponte.

22 de Outubro de 2004 às 08:41
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O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mexia, admitiu que a terceira travessia rodoviária do Tejo na área metropolitana de Lisboa poderá ser feita entre Algés e a Trafaria, por túnel ou por ponte, noticiou a Lusa.

"Quando se fechar (concluir) a CRIL (em 2006) faz todo o sentido que se prolongue (a CRIL), ligando-a ao IC32, do outro lado, e que se faça uma travessia, ou em ponte ou em túnel, com vantagens do ponto de vista de custos e ambiental", disse António Mexia.

Questionado sobre se o Governo descarta a ideia de fazer uma ponte mista, rodo e ferroviária, o ministro respondeu: "Fazer uma ponte rodoviária e ferroviária custa basicamente o preço das duas pontes".

"Não há propriamente economia em fazer as duas pontes ao mesmo tempo. Interessa pôr o caminho-de-ferro onde ele faz sentido do ponto de vista estruturante e pôr a ponte ou o túnel no ponto onde ele dá um contributo para o trânsito de Lisboa", completou António Mexia.

António Mexia falava no programa Grande Entrevista da RTP 1, no qual revelou também que a nova ponte rodoviária sobre o Douro, entre Gaia e Gondomar, será adjudicada no segundo trimestre de 2005.

A 03 de Setembro o Governo anunciou que decidiu retomar o processo de avaliação de uma nova travessia do Tejo na área metropolitana da capital, e que nomeou o presidente da CP - Caminhos de Ferro Portugueses, Braancamp Sobral, para estudar as alternativas.

Na entrevista à RTP, António Mexia abordou ainda a questão das SCUTs, as auto-estradas Sem Custos para o Utilizador, com o ministro a designá-las por diversas vezes como "ex-SCUTs".

"Esta decisão só foi tomada depois da análise detalhada de todas as questões. As ex-SCUTs estão mais no litoral do que no interior, numa relação 60/40, e estavam a inviabilizar investimentos decisivos que já foram tomados por este governo para o interior", justificou o ministro da tutela.

António Mexia classificou ainda como "prioritárias" as redes secundárias como os Itinerários Principais (IP), os Complementares (IC) e as Estradas Municipais, porque estas têm "um impacto na economia e mesmo nas economias regionais maior que as auto-estradas".

Segundo o ministro, as Auto-Estradas são as estruturas rodoviárias que "menos impacto têm no emprego, no desenvolvimento regional e na economia como um todo".

António Mexia justificou ainda a adopção de portagens nas SCUTs, considerando que estas estruturas no litoral estão a atravessar zonas de desenvolvimento mais elevado do que outras em que passam auto- estradas com portagens.

O ex-administrador da GALP relembrou ainda que os municípios num raio de trinta quilómetros das SCUTs vão ficar isentos de pagamento por um período de quatro anos, o que representa 135 concelhos dos 278 de Portugal Continental.

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