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Medidas de combate ao défice contribuíram para Banco de Portugal baixar previsões para a economia

A revisão em baixa do crescimento para a economia portuguesa, por parte do Banco de Portugal, deve-se ao fraco crescimento verificado no primeiro trimestre e às medidas anunciadas pelo Governo de combate ao défice, disse Vitor Constâncio.

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A revisão em baixa do crescimento para a economia portuguesa, por parte do Banco de Portugal, deve-se ao fraco crescimento verificado no primeiro trimestre e às medidas anunciadas pelo Governo de combate ao défice, disse Vitor Constâncio.

As declarações de Vítor Constâncio foram proferidas no Parlamento, na apresentação do relatório onde actualiza as previsões de crescimento para a economia portuguesa este ano e em 2006.

O Banco de Portugal reviu em forte baixa as perspectivas de crescimento da economia portuguesa este ano. O Produto Interno Bruto deverá expandir-se 0,5% em 2005, menos de metade do verificado em 2004 e menos de um terço do anteriormente estimado pelo banco central português.

De acordo com as previsões do Banco de Portugal, actualizadas hoje, a economia portuguesa vai apresentar uma expansão de 0,5% este ano, abaixo dos 1,6% que a autoridade monetária aguardava no Boletim Económico de Dezembro do ano passado.

A perspectiva para este ano representa também um acentuado abrandamento da economia nacional, pois o PIB cresceu 1,1% no ano passado. Para 2006 as previsões do Banco de Portugal também são mais pessimistas, pois está previsto um crescimento do PIB em 1,2%, abaixo dos 2% anteriormente projectados.

Esta revisão em baixa está em linha com o efectuado por vários institutos públicos para vários países da Zona Euro. Ainda hoje a União Europeia anunciou que vai rever em baixo as perspectivas de crescimento para os 12 países que partilham o euro, de 1,6% para 1,3%.

Assim, Portugal deverá continuar, segundo o cruzamento das duas projecções, a crescer abaixo dos seus parceiros da Zona Euro, afastando-se cada vez mais do processo de convergência que verificada nos finais da década passada.

As previsões do Banco de Portugal, hoje divulgadas, são as mais pessimistas para a economia nacional. O Governo, de acordo com o PEC entregue em Bruxelas, aguarda que a economia cresça 0,8% este ano e 1,4% em 2006.

Com estimativas mais antigas, a Comissão Europeia aguarda um crescimento de 1,1% no PIB deste ano e 1,7% em 2006, enquanto a OCDE estima uma subida de 0,7% em 2005 e 2,1% em 2006.

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