Notícia
Marcelo falou com Bolsonaro sobre mobilidade de cidadãos e acordo "essencial" UE/Mercosul
O Presidente português referiu que se falou "da importância de fechar" o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, processo que "tem sido complexo", acrescentando: "Portugal está permanentemente fazendo o que pode para que seja fechado o acordo. É muito importante para as duas partes".
02 de Janeiro de 2019 às 15:30
O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que no seu encontro com o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, os dois falaram sobre a mobilidade de cidadãos e o acordo UE/Mercosul, que considerou "essencial".
Em declarações aos jornalistas, após a reunião, que se realizou no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia seguinte à posse de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que "o desenvolvimento do turismo e do comércio bilateral" e "a boa cooperação militar" foram outros temas abordados.
"Naturalmente, falámos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em que a aposta do Brasil é essencial. Não há CPLP forte sem uma aposta forte do Brasil. É muito importante essa aposta", defendeu.
As comunidades brasileira e portuguesa nos dois países foram "o primeiro ponto" em cima da mesa e, nesse quadro, sugiram as "questões que decorrem da mobilidade no quadro da CPLP, da mobilidade entre os dois países e, até mais do que isso, da equivalência de diplomas e de certificação profissional", relatou.
Em relação ao acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, o Presidente português referiu que se falou "da importância de fechar esse acordo", processo que "tem sido complexo", acrescentando: "Portugal está permanentemente fazendo o que pode para que seja fechado o acordo. É muito importante para as duas partes".
Questionado sobre o posicionamento do novo Governo do Brasil quanto a esse acordo UE/Mercosul e se não haverá antes uma preferência por acordos bilaterais, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu com a importância do "pragmatismo" nas relações internacionais.
"Independentemente das linhas de política externa de cada país, o pragmatismo obriga a que se tenha presente que é útil haver, além das relações bilaterais, também instrumentos, acordos multilaterais que, mesmo sem conteúdo ideológico, mesmo sem debate doutrinário, possam facilitar as exportações, o comércio, a circulação económica e financeira", sustentou.
No plano bilateral, houve "oportunidade também de frisar a boa cooperação militar que existe entre o Brasil e Portugal, quer no domínio da Embraer, presente em Portugal, quer no domínio da cooperação e do fornecimento militar a Portugal pela indústria brasileira", declarou.
Nestas declarações aos jornalistas, em que também estiveram elementos da comunicação social brasileira, Marcelo Rebelo de Sousa falou de forma mais pousada, com um leve sotaque brasileiro e usou mais o gerúndio.
O "primeiro ponto" em cima da mesa, disse, foi "o da comunidade brasileira em Portugal, que está crescendo, que teoricamente são cem mil em dez milhões, mas na prática são bem mais", e da "comunidade portuguesa no Brasil, que é de gerações muito diferentes".
O Presidente português descreveu a comunidade brasileira em Portugal como "muito transversal, economicamente, etariamente, socialmente". Quanto aos portugueses no Brasil, destacou a existência de "uma comunidade nova de estudantes, intelectuais, cientistas, empresários".
De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, a agenda deste encontro incluiu ainda a "cooperação bilateral económica que já existe, em domínios como o digital, as novas tecnologias, a energia, incluindo as renováveis" e os "passos científicos importantes, desenvolvimento do turismo e do comércio bilateral, que está crescendo, o turismo, nos dois sentidos, e o comércio também".
No Palácio do Planalto, o chefe de Estado português esteve acompanhado pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, pelo seu chefe da Casa Militar, o tenente-general Vaz Antunes, e pelo embaixador de Portugal em Brasília, Jorge Cabral.
Em declarações aos jornalistas, após a reunião, que se realizou no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia seguinte à posse de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que "o desenvolvimento do turismo e do comércio bilateral" e "a boa cooperação militar" foram outros temas abordados.
As comunidades brasileira e portuguesa nos dois países foram "o primeiro ponto" em cima da mesa e, nesse quadro, sugiram as "questões que decorrem da mobilidade no quadro da CPLP, da mobilidade entre os dois países e, até mais do que isso, da equivalência de diplomas e de certificação profissional", relatou.
Em relação ao acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, o Presidente português referiu que se falou "da importância de fechar esse acordo", processo que "tem sido complexo", acrescentando: "Portugal está permanentemente fazendo o que pode para que seja fechado o acordo. É muito importante para as duas partes".
Questionado sobre o posicionamento do novo Governo do Brasil quanto a esse acordo UE/Mercosul e se não haverá antes uma preferência por acordos bilaterais, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu com a importância do "pragmatismo" nas relações internacionais.
"Independentemente das linhas de política externa de cada país, o pragmatismo obriga a que se tenha presente que é útil haver, além das relações bilaterais, também instrumentos, acordos multilaterais que, mesmo sem conteúdo ideológico, mesmo sem debate doutrinário, possam facilitar as exportações, o comércio, a circulação económica e financeira", sustentou.
No plano bilateral, houve "oportunidade também de frisar a boa cooperação militar que existe entre o Brasil e Portugal, quer no domínio da Embraer, presente em Portugal, quer no domínio da cooperação e do fornecimento militar a Portugal pela indústria brasileira", declarou.
Nestas declarações aos jornalistas, em que também estiveram elementos da comunicação social brasileira, Marcelo Rebelo de Sousa falou de forma mais pousada, com um leve sotaque brasileiro e usou mais o gerúndio.
O "primeiro ponto" em cima da mesa, disse, foi "o da comunidade brasileira em Portugal, que está crescendo, que teoricamente são cem mil em dez milhões, mas na prática são bem mais", e da "comunidade portuguesa no Brasil, que é de gerações muito diferentes".
O Presidente português descreveu a comunidade brasileira em Portugal como "muito transversal, economicamente, etariamente, socialmente". Quanto aos portugueses no Brasil, destacou a existência de "uma comunidade nova de estudantes, intelectuais, cientistas, empresários".
De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, a agenda deste encontro incluiu ainda a "cooperação bilateral económica que já existe, em domínios como o digital, as novas tecnologias, a energia, incluindo as renováveis" e os "passos científicos importantes, desenvolvimento do turismo e do comércio bilateral, que está crescendo, o turismo, nos dois sentidos, e o comércio também".
No Palácio do Planalto, o chefe de Estado português esteve acompanhado pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, pelo seu chefe da Casa Militar, o tenente-general Vaz Antunes, e pelo embaixador de Portugal em Brasília, Jorge Cabral.