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Bolsonaro deve dar prioridade ao combate à corrupção e à violência

Brasileiros ouvidos pela Lusa em Brasília defendem que as primeiras medidas do novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, devem ser acabar com a corrupção ou combater a violência no país.

EPA
01 de Janeiro de 2019 às 18:46
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Em declarações à agência Lusa em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, Rafael Souza Coelho, um fisioterapeuta de Roraima, defendeu que a primeira medida de Bolsonaro deve ser "acabar com a corrupção".

 

"A corrupção acaba com todas as áreas do nosso país, o dinheiro não chega para a saúde e a educação por causa da corrupção", considerou o brasileiro de 34 anos, acrescentando que este fenómeno está enraizado em todo o país.

 

"A corrupção não está só aqui em Brasília. Está enraizada nos municípios e estados. O dinheiro sai daqui e quando chega aos estados e cidades é desviado", disse.

 

Por seu lado, a corretora de imóveis Ruth Andresa Rocha de Sousa, de Fortaleza, capital do Ceará, defendeu que a primeira medida do novo Presidente do Brasil deve ser "dar um jeito de combater a violência", porque "este é atualmente o principal problema do Brasil".

 

"Sou de Fortaleza e a minha cidade é a sétima cidade mais violenta do mundo", disse a brasileira, de 20 anos.

 

Já Gênova Susy, 52 anos, relações públicas que mora em Recife, capital de Pernambuco, considerou que a primeira medida de Jair Bolsonaro deve ser "tirar todos os 'petistas' do poder", referindo-se aos membros e apoiantes do Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a mais de 12 anos de cadeia por corrupção.

 

Esta brasileira defendeu que esta "limpeza", sobretudo dos envolvidos na Lava Jato, um megaprocesso judicial contra a corrupção, deve ocorrer "em todas as instituições, do Palácio do Planalto até ao órgão e cargo mais elevado do Governo porque os 'petistas' estão infiltrados". 

 

Filipe José Pereira, estudante de Natal, capital do Rio Grande do Norte, referiu que o mais urgente no país é "fazer alterações no sistema de pagamento de pensões por reforma porque o Brasil tem um rombo enorme, uma divida grande".

 

"Eu não tenho certeza se ele [Bolsonaro] fará esta mudança, mas espero que ele faça", disse o estudante, de 20 anos.

 

O combate à violência e à corrupção dominaram os discursos de campanha de Bolsonaro e foram temas abordados também hoje no seu discurso de tomada de posse como 38.º Presidente do Brasil.

 

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve 63.880 mortes violentas em 2017.

 

Na segunda-feira, terminou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, que era garantida pelo Exército, conforme um decreto assinado pelo ex-Presidente Michel Temer.

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