É através de privatizações que o Governo brasileiro pretende controlar a despesa e colocar o país a crescer entre 3 e 3,5% por ano, assinalou o ministro da Economia, Paulo Guedes, na cerimónia de tomada de posse esta quarta-feira, 2 de janeiro.

 

Na ótica do ministro recém-empossado, o atual peso do Estado na economia está na génese do nível elevado de endividamento do país. Posto isto, Paulo Guedes pretende alterar o património estatal e criar, tal como já havia sido anunciado, uma Secretaria Especial de Privatização.

 

Ainda no discurso de tomada de posse, o responsável pela pasta da Economia criticou o papel das instituições financeiras estatais: "Os bancos se perderam nos grandes programas, onde piratas privados, burocratas corruptos e criaturas do pântano político se associaram contra o povo brasileiro", disse.

 

Para Paulo Guedes, a segurança social é mesmo o "primeiro e maior" desafio a ser enfrentado pelo novo Governo. Caso consiga superá-lo durante o primeiro trimestre, prevê que o Brasil apresente um crescimento sustentado nos próximos dez anos. Para isso, é preciso que as reformas que tem previstas sejam aprovadas, e considera dar "um passo mais profundo" caso não o sejam, apresentando uma proposta de emenda constitucional que lhe permita avançar.