Notícia
Lituanos aprendem com PPP portuguesas
O Ministério das Finanças da Lituânia trouxe 15 gestores públicos ao Porto, Braga e Guimarães para conhecerem os sucessos, insucessos, renegociações e implicações financeiras e políticas das parcerias público-privadas.
Quinze representantes de vários organismos governamentais da Lituânia terminaram esta sexta-feira, 22 de Maio, uma visita de estudo sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP) em Portugal. Os casos de sucessos, os insucessos e as renegociações dos contratos foram alguns dos temas analisados por esta delegação, que veio ao Norte do País numa iniciativa do Ministério das Finanças lituano.
Numa acção em que participaram também responsáveis de outros organismos estatais, como o Ministério do Interior, o "Invest Lithuania" – homólogo da AICEP – e os municípios de Vilnius e Kaunas, a comitiva esteve na Câmara do Porto para conhecer vários casos na área da regeneração urbana ou turismo ou o processo em curso para um centro de congressos. Rumaram também a Guimarães para conhecer o caso da classificação como "Património Mundial" e o projecto da Capital Europeia da Cultura, em 2012.
Ainda na cidade-berço, os lituanos visitaram os casos muito recentes da Universidade das Nações Unidas e da Unidade de Desenvolvimento da Agência para a Modernização Administrativa. No mesmo distrito, seguiram depois para o Hospital de Braga, apontado como "uma PPP muito interessante" por Pedro Vieira, sócio da Market Access (consultora portuguesa envolvida nesta visita), que destacou o facto de ter incluído duas parcerias: uma para a construção do edifício e outra para a gestão hospitalar, a cargo da José de Mello Saúde.
Nesta visita de estudo, os 15 representantes estatais lituanos participaram também numa formação na Universidade do Minho, em que foram analisadas algumas PPP portuguesas e também espanholas. Em debate estiveram as especificidades, vantagens, desvantagens e balanço sobre as implicações destas parcerias, incluindo casos de sucesso, de insucesso, as renegociações dos contratos e as suas implicações do ponto de vista económico-financeiro e também do ponto de vista político, descreveu, ao Negócios, Pedro Vieira.