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Lacerda Machado: "Sou um homem com certidão de presunção de malandro"
Diogo Lacerda Machada, que tem estado em alguns dos negócios envolvendo o Estado, quebra o silêncio. Numa declaração ao Expresso diz que "não tenho a ilusão de mudar o mundo, é um combate desigual e inútil. Sou um homem com certidão de presunção de malandro".
Negócios
16 de Abril de 2016 às 11:34
É uma frase única que Diogo Lacerda Machado, o amigo de António Costa que tem estado no centro das atenções por ter mediado alguns conflitos em nome do Estado sem que tivesse (até sexta-feira) contrato com o Estado, diz ao Expresso. Mas é a primeira vez que fala desde que a polémica se adensou.
"Não tenho a ilusão de mudar o mundo, é um combate desigual e inútil. Sou um homem com certidão de presunção de malandro". É assim que Diogo Lacerda Machado quebra o silêncio.
Mais não diz. Diogo Lacerda Machado já tem contrato com o Estado, que António Costa assumiu ter sido obrigado a fazer. De acordo com o contrato, com data de quinta-feira 14 de Abril e publicado no portal das contratações públicas, o Base, o gabinete do primeiro-ministro vai pagar 17 mil euros a Lacerda Machado para a "prestação de serviços" por um prazo de 261 dias (8 meses e 17 dias), até 31 de Dezembro deste ano. A prestação de serviços na modalidade de avença começou sexta-feira, 15 de Abril.
"Não tenho a ilusão de mudar o mundo, é um combate desigual e inútil. Sou um homem com certidão de presunção de malandro". É assim que Diogo Lacerda Machado quebra o silêncio.
A contratação para a prestação de "serviços de consultoria estratégica e jurídica" é justificada pela "elevada complexidade e especialização" dos assuntos que estão na "área de competências do Primeiro-Ministro", refere o contrato. Entre as tarefas entregues a Lacerda Machado estão as de "mediação e conciliação" em processos negociais.
Diogo Lacerda Machado esteve envolvido nos negócios da reversão de parte do capital da TAP para o Estado, esteve em reuniões para ajudar as negociações entre os dois principais accionistas do BPI e ainda esteve na mediação para se tentar resolver o caso dos lesados dos papel comercial do BES.