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Juros no Brasil sobem para 18,25%

O Banco Central do Brasil elevou os juros em 0,50 pontos percentuais, ontem à noite, para 18,25%, em linha com as expectativas do mercado. Este foi o quinto aumento seguido desde que as pressões inflacionistas começaram a aparecer e os analistas acreditam

20 de Janeiro de 2005 às 12:17
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O Banco Central do Brasil elevou os juros em 0,50 pontos percentuais, ontem à noite, para 18,25%, em linha com as expectativas do mercado. Este foi o quinto aumento seguido desde que as pressões inflacionistas começaram a aparecer e os analistas acreditam que no mês que vem, a decisão será de nova subida.

Depois de uma reunião de dois dias que terminou ontem à noite, o Comité de Política Monetária (Copom), órgão decisor da política monetária no Brasil, decidiu, por unanimidade, um aumento de 0,50 pontos percentuais na principal taxa de juro brasileiro.

Num comunicado curto, a entidade avançou que este aumento dá «prosseguimento ao processo de ajuste da taxa de juros básica iniciada na reunião de Setembro de 2004». Nesse mês, a taxa subiu de 16% para 16,25% e desde aí não parou mais de subir. Nas várias actas das reuniões, podem ler-se expectativas de subida dos preços, atendendo à conjuntura internacional com a subida dos combustíveis como a principal razão para o aumento da taxa de juro. O BC teme que com o crescimento acelerado da economia, os preços comecem a subir, alimentando pressões inflacionistas.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tem citado a importância de controlar a inflação para garantir o crescimento económico.

O banco propôs-se para este ano atingir uma taxa de inflação de 5,1%, mas as expectativas do mercado para a inflação sofreram aumentos, e passou de 5,67% para 5,70%, ainda acima da taxa prevista.

Tal como nas reuniões anteriores, o Copom não prevê que haja revisões na taxa antes da próxima reunião mensal marcada para os dias 15 e 16 de Fevereiro.

Segundo pesquisas da Reuters e do «Valor Económico», a maioria dos analistas acreditam numa subida de 0,50 pontos percentuais. Mas todos esperavam que a taxa fosse subir neste mês de Janeiro.

Mas as associações empresariais continuam contra estes aumentos nas taxas. Em comunicado, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), avança sobre este assunto que «perdeu-se a oportunidade de resgatar o ânimo da sociedade, acrescentando que «o novo aumento da Selic (taxa de juro), com certeza terá impacto negativo nos sectores produtivos».

*Correspondente em São Paulo

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