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Juros da dívida grega descem após S&P retirar pressão sobre o "rating"

A Standard & Poor"s manteve hoje a notação de dívida a longo prazo da Grécia em "BBB+" mas retirou a ameaça de corte imediato do "rating" do país, considerando mesmo que as notações estão ajustadas aos objectivos traçados para este ano. Em reacção, os investidores diminuíram as exigências para comprarem dívida grega. Os juros estão a deslizar.

16 de Março de 2010 às 15:56
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A Standard & Poor's manteve hoje a notação de dívida a longo prazo da Grécia em "BBB+" mas retirou a ameaça de corte imediato do "rating" do país, considerando mesmo que as notações estão ajustadas aos objectivos traçados para este ano. Em reacção, os investidores diminuíram as exigências para comprarem dívida grega. Os juros estão a deslizar.

Os juros ("yield") da dívida, a dois anos, da Grécia estão a descer 13 pontos para 4,486%. Ainda que no prazo mais curto a queda esteja a ser maior, a tendência está a ser generalizada. Na dívida a maturar dentro de cinco anos regista-se uma descida de 7 pontos para 5,631%, e a taxa de juro das obrigações a 10 anos está a recuar 5 pontos para 6,159%.

A pressão sobre a dívida pública grega tem diminuído nos últimos dias, depois do Governo grego ter apresentado medidas adicionais para controlar as suas contas públicas. Apesar da pressão ter diminuído, os investidores continuam a exigir juros mais elevados para comprarem dívida grega. O diferencial face às "bunds" da Alemanha está, ainda assim, mais reduzido.

Hoje o S&P emitiu uma nota de análise onde considera que o pacote apresentado pelo governo grego, com vista à redução do défice, é “apropriado para alcançar o objectivo fiscal de 2010” e por isso, o “rating” da dívida a longo prazo foi mantido em “BBB+”. A notação da dívida a curto prazo manteve-se em “A-2”.

O "outlook" continua “negativo”, reflectindo a visão da S&P sobre a “capacidade do governo em manter a reforma” das contas públicas no médio prazo. “Apesar das novas medidas, pensamos que será difícil para a Grécia cumprir completamente com o seu plano de consolidação” das contas, o que deveria colocar o défice orçamental em 5,6% do produto interno bruto (PIB) em 2011 e em 2,8% do PIB em 2012.

O analista Marko Mrsnik, da agência norte-americana, acredita mesmo que estes objectivos de controlo orçamental só serão possíveis de alcançar se o país “implementar medidas adicionais nos próximos anos".

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