“É uma pessoa por quem tinha - e tenho - grande estima e respeito e acho que é um bom exemplo de alguém com um problema de saúde muito grave durante este tempo todo que não deixou de fazer a sua própria vida, de lutar por aquilo em que acreditava independentemente do problema grave de saúde que ele achava que era sempre ultrapassável”, afirmou à Lusa o antigo presidente da comissão executiva da Mota Engil, que recentemente havia viajado até à Colômbia com o economista no âmbito da entrada da Jerónimo Martins naquele país.

Jorge Coelho, que se disse “chocado” com a notícia da morte de Borges, referiu que viu sempre o antigo vice-presidente do Goldman Sachs com “uma grande determinação em enfrentar o problema de saúde que tinha e ver sempre a vida com um futuro com dimensão à frente”.

“Independentemente das ideias que muitas, muitas vezes não eram coincidentes com as minhas, era uma pessoa por quem eu tenho um grande respeito pessoal e intelectual”, sublinhou Jorge Coelho.

O consultor do Governo para as privatizações António Borges, natural do Porto, morreu este domingo em Lisboa aos 63 anos, vítima de cancro.