Notícia
João Leão: Não foi por falta de dinheiro que Portugal encomendou menos vacinas
O ministro das Finanças garante que não colocou nenhuma restrição financeira à compra de vacinas. Nem seria uma decisão financeira inteligente. Quanto mais vacinas comprarmos, melhor", afirmou em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
14 de Fevereiro de 2021 às 12:00
O ministro das Finanças garante que não houve nenhuma restrição financeira da parte do seu ministério à compra de vacinas para a covid-19 e que a carência verificada se deve a problemas de abastecimento em toda a Europa.
Confrontado com o facto de Portugal ter optado por não encomendar todas as vacinas a que tinha direito, João Leão garante que tal não ocorreu por interferências das Finanças. "Claro que não. Temos interesse em comprar todas as vacinas possíveis, dentro dos programas europeus", afirmou.
Se não o fizemos, não foi por "decisão do Ministério das Finanças". Fizemos "aquilo que as autoridades competentes, de saúde, decidiram, que acharam mais adequado, obviamente. Nem seria uma decisão financeira inteligente. Quanto mais vacinas comprarmos, melhor", insistiu. "Eu não acompanhei esse processo de decisão, mas obviamente da parte do Governo a decisão de tudo o que as autoridades de saúde e o Ministério da Saúde acharam como indicado foi apoiado", afirmou.
"Penso que o Ministério da Saúde assegurou tudo o que achou que foi possível a esse nível. Se pudéssemos comprar mais vacinas, comprávamos. Era o ideal. Até do ponto de vista financeiro".
Em relação ao modelo europeu, o ministro admitiu ter vantagens e inconvenientes. "A Europa decidiu fazer um modelo coordenado. Tem vantagens, mas também tem a sua envolvente. Estamos sujeitos a um modelo coordenado da Europa, e também ao que o regulador europeu aprovou como vacinas que podem ser aprovadas na Europa", explicou.
Portugal não adquiriu todas as vacinas a que teria direito dentro do acordo feito na União Europeia. Ficaram por comprar cerca de 800 mil de doses de vacinas contra a covid-19 a que tinha direito, produzidas pela Moderna. Em vez de encomendar as quase 3,7 milhões de doses que poderia ter adquirido, o país requisitou apenas 2,8 milhões. O resto ficou num pote comum a vários países, de onde outros Estados-membros poderão fazer compras adicionais. E essa tem sido a opção de países mais ricos, como a Alemanha, França ou a Dinamarca, noticiava em janeiro o site Politico, especializado em temas europeus.
Na altura, tal como o Negócios reportou, o Ministério da Saúde justificou a decisão de não comprar todas a que tinha direito por já ter assegurado "mais de 22 milhões de doses de vacinas, doses mais do que suficientes para vacinar toda a população do país". O ministério de Marta Temido acrescentou então que "a questão essencial para acelerar o ritmo de vacinação no país não se prende com a quantidade de vacinas adquiridas, mas sim com o seu calendário de entrega em Portugal, sendo este um assunto que vai para além do controlo do país ou da própria Comissão Europeia".
O primeiro-ministro, António Costa, fixou este sábado como objetivo vacinar 1,4 milhões de portugueses até "ao princípio de abril", depois de já terem sido administradas mais de "meio milhão de vacinas". "Na semana passada, ultrapassámos o meio milhão de vacinas já administradas, o objetivo que temos é que, até ao princípio de abril, consigamos cumprir o objetivo de vacinar 1,4 milhões de portugueses entre aqueles que estão nos grupos de riscos prioritários e os que prestam serviços nos serviços essenciais", afirmou António Costa, citado pela agência Lusa.
A 11 de fevereiro, após a reunião do Conselho de Ministros, António Costa reconheceu que os atrasos a nível europeu iriam obrigar o país a rever as suas metas de vacinação. "No nosso caso, em vez dos 4,4 milhões de doses, nós vamos receber neste primeiro trimestre 1,98 milhões de doses, o que significa que a nossa capacidade de vacinação neste primeiro trimestre vai ser cerca de metade daquilo que estava previsto nos contratos assinados entre as farmacêuticas e a Comissão Europeia", afirmou.
Confrontado com o facto de Portugal ter optado por não encomendar todas as vacinas a que tinha direito, João Leão garante que tal não ocorreu por interferências das Finanças. "Claro que não. Temos interesse em comprar todas as vacinas possíveis, dentro dos programas europeus", afirmou.
"Penso que o Ministério da Saúde assegurou tudo o que achou que foi possível a esse nível. Se pudéssemos comprar mais vacinas, comprávamos. Era o ideal. Até do ponto de vista financeiro".
Em relação ao modelo europeu, o ministro admitiu ter vantagens e inconvenientes. "A Europa decidiu fazer um modelo coordenado. Tem vantagens, mas também tem a sua envolvente. Estamos sujeitos a um modelo coordenado da Europa, e também ao que o regulador europeu aprovou como vacinas que podem ser aprovadas na Europa", explicou.
Portugal não adquiriu todas as vacinas a que teria direito dentro do acordo feito na União Europeia. Ficaram por comprar cerca de 800 mil de doses de vacinas contra a covid-19 a que tinha direito, produzidas pela Moderna. Em vez de encomendar as quase 3,7 milhões de doses que poderia ter adquirido, o país requisitou apenas 2,8 milhões. O resto ficou num pote comum a vários países, de onde outros Estados-membros poderão fazer compras adicionais. E essa tem sido a opção de países mais ricos, como a Alemanha, França ou a Dinamarca, noticiava em janeiro o site Politico, especializado em temas europeus.
Na altura, tal como o Negócios reportou, o Ministério da Saúde justificou a decisão de não comprar todas a que tinha direito por já ter assegurado "mais de 22 milhões de doses de vacinas, doses mais do que suficientes para vacinar toda a população do país". O ministério de Marta Temido acrescentou então que "a questão essencial para acelerar o ritmo de vacinação no país não se prende com a quantidade de vacinas adquiridas, mas sim com o seu calendário de entrega em Portugal, sendo este um assunto que vai para além do controlo do país ou da própria Comissão Europeia".
O primeiro-ministro, António Costa, fixou este sábado como objetivo vacinar 1,4 milhões de portugueses até "ao princípio de abril", depois de já terem sido administradas mais de "meio milhão de vacinas". "Na semana passada, ultrapassámos o meio milhão de vacinas já administradas, o objetivo que temos é que, até ao princípio de abril, consigamos cumprir o objetivo de vacinar 1,4 milhões de portugueses entre aqueles que estão nos grupos de riscos prioritários e os que prestam serviços nos serviços essenciais", afirmou António Costa, citado pela agência Lusa.
A 11 de fevereiro, após a reunião do Conselho de Ministros, António Costa reconheceu que os atrasos a nível europeu iriam obrigar o país a rever as suas metas de vacinação. "No nosso caso, em vez dos 4,4 milhões de doses, nós vamos receber neste primeiro trimestre 1,98 milhões de doses, o que significa que a nossa capacidade de vacinação neste primeiro trimestre vai ser cerca de metade daquilo que estava previsto nos contratos assinados entre as farmacêuticas e a Comissão Europeia", afirmou.