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72% dos idosos residentes em lares já estão vacinados

António Costa, Marta Temido e mais 333 mil portugueses já receberam, pelo menos, uma dose da vacina contra a covid-19. O plano de entregas foi revisto em alta e prevê agora 2,5 milhões de doses no primeiro trimestre.

15 de Fevereiro de 2021 às 15:02
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A ministra da Saúde calculou esta segunda-feira, 15 de fevereiro, que cerca de 72% das pessoas residentes em lares de idosos e em unidades de cuidados continuados já estão vacinadas contra a covid-19. "Estamos a aproximar-nos da vacinação integral, à medida que é possível fazê-lo tecnicamente", apontou Marta Temido.

 

Além de continuar a vacinação nestas estruturas que tiveram surtos da doença, o plano para esta semana, totalizando 143 mil doses (27.500 são segundas doses), incluiu ainda profissionais de saúde e de outros serviços essenciais e "um número significativo" de maiores de 80 anos e com mais de 50 anos e doenças associadas (insuficiência cardíaca ou renal, doença coronária ou pulmonar obstrutiva crónica).

 

Em conferência de imprensa, a governante confirmou que esta segunda-feira, 15 de fevereiro, chegou a Portugal uma encomenda de 104.230 doses da Pfizer e que está prevista para sexta-feira a entrega de 93.600 doses da vacina da AstraZeneca, que somam às 694.800 que tinham chegado ao país até ao final da semana passada.

 

2,5Doses
O plano de vacinação atualizado prevê que possam ser administradas 2,5 milhões de doses de vacinas no primeiro trimestre.



Marcado pelas falhas no fornecimento das vacinas e pela troca de nomes na coordenação da "task force", o plano de vacinação português previa inicialmente a administração de 4,4 milhões de doses no primeiro trimestre. Na semana passada esse número foi reduzido para 1,9 milhões, mas esta tarde a ministra estimou que, afinal, o plano de entregas prevê que possam ser atingidas 2,5 milhões de doses até ao final de março.

 

Costa, Temido e mais 333 mil vacinados

 

Até às 13h de hoje, o país atingiu as 533.070 inoculações (333 mil primeiras doses e 200 mil segundas doses), incluindo já alguns titulares de órgãos de soberania, como a própria ministra da Saúde e também o primeiro-ministro, António Costa, que recebeu a primeira dose da vacina no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.

 

"A cobertura vacinal estimada em Portugal é de 2,02% na população residente no continente, ou seja, 5,40 doses de vacina por 100 pessoas residentes no continente", completou Marta Temido.

Mais de 23 mil já usaram simulador online Já está disponível o simulador online em que os portugueses com mais de 80 anos ou acima dos 50 anos e doenças associadas (insuficiência cardíaca ou renal, doença coronária ou pulmonar obstrutiva crónica) podem verificar se estão incluídos nas listas para a vacinação contra a covid-19. Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS, avançou ao início da tarde de segunda-feira, 15 de fevereiro, que nas primeiras horas essa plataforma foi consultada por 23.162 utilizadores, sendo que 2.347 aproveitaram para atualizar os dados e 39 sinalizaram que não tinham número do SNS e "deixaram os seus dados para poderem ser trabalhados posteriormente". O responsável admitiu ainda que o simulador está a ter problemas com bilhetes de identidade vitalícios e com diferenças entre o nome verdadeiro e o que consta no sistema, normalmente por causa dos "de" e "da" no nome.

 

Questionada sobre a vacinação dos idosos acamados, a ministra da Saúde assegurou que essa matéria está a ser analisada pela "task force", pelos serviços de saúde, pelos serviços sociais e por outros agentes locais. Além da "correta identificação das pessoas que estão nessas circunstâncias e são elegíveis para vacinar", estão a pensar como mobilizar as equipas e organizar um processo que "envolverá, com grande dose de probabilidade, a vacinação das pessoas no seu próprio domicílio".

 

Quanto aos maiores de 80 anos que ainda não foram chamados, a governante lembrou que são os centros de saúde que estão a fazer esse agendamento e que ele "ainda não abrangeu todas as pessoas". Arrancou em 40 unidades de saúde e esta semana está previsto alargar para 495, que passarão assim a ter esta ferramenta para agendar o dia e a hora e depois fazer a emissão da convocatória.

Ajuda externa já não é questão de "premência"

 

Depois da equipa médica militar alemã constituída por 26 profissionais de saúde, instalada no Hospital da Luz, em Lisboa, e que trouxe também 40 ventiladores móveis e 10 estacionários, 150 bombas de infusão e outras tantas camas hospitalares, este domingo chegaram equipas médicas de França e do Luxemburgo para ajudar no tratamento de doentes em hospitais com elevada pressão de cuidados intensivos.

 

De acordo com a tutela, a equipa do Luxemburgo, constituída por dois médicos e dois enfermeiros, vai apoiar o serviço de medicina intensiva do Hospital do Espírito Santo de Évora, enquanto o médico e os três profissionais de enfermagem franceses vão trabalhar no Hospital Garcia de Orta, em Almada, prevendo-se uma estadia de 15 dias.

 

Ajuda externa? É importante até para testar eventuais articulações que possam vir a ser necessárias num futuro que não se sabe exatamente como vai evoluir. Marta Temido, ministra da Saúde



Esta tarde, Marta Temido referiu aos jornalistas que vários outros países da União Europeia se disponibilizaram para ajudar e que isso é "importante até para testar eventuais articulações que possam vir a ser necessárias num futuro que não se sabe exatamente como vai evoluir".

Isto é, com a estabilização do número de contágios em Portugal, que esta segunda-feira atingiu o valor mais baixo do ano, e apesar de Portugal manter "números preocupantes" em termos de ocupação dos cuidados intensivos, a ministra considera que nesta fase já não se coloca a questão de "premência e necessidade" para aceitar ajuda externa.

(Notícia atualizada pela última vez às 15:30 com mais informações)

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