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Simulador das listas de vacinação contra covid-19 já está online

Os maiores de 80 anos ou acima dos 50 com doenças de risco já podem verificar se foram identificados pelos serviços de saúde e fazem parte das listas oficiais. Até domingo foram administradas 523.349 vacinas em Portugal.

EPA
15 de Fevereiro de 2021 às 11:27
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Já está disponível o simulador online em que os portugueses com mais de 80 anos ou acima dos 50 anos e doenças associadas (insuficiência cardíaca ou renal, doença coronária ou pulmonar obstrutiva crónica) podem verificar se estão incluídos nas listas para a vacinação contra a covid-19.

 

Anunciada pela ministra da Saúde, Marta Temido, esta nova funcionalidade no portal Covid-19 ficou disponível este domingo. Basta inserir alguns dados pessoais – número de utente, nome completo e data de nascimento – e o sistema devolve a informação sobre se a pessoa foi mesmo identificada e faz parte das listagens oficiais.

 

Até ao início da semana passada, os serviços de saúde já tinham identificado um total de 967 mil pessoas nestes dois grupos (maiores de 80 anos e acima dos 50 com uma das quatros patologias de risco), que no início de fevereiro começaram a ser vacinadas contra a covid-19 em perto de uma centena de centros de saúde espalhados pelo país.

 

No sábado começaram também a ser vacinados 20 mil agentes de forças policiais, num processo que irá demorar três semanas. O Ministério da Administração Interna frisou que a vacinação de 10 mil agentes da PSP e de 10 mil militares da GNR "reconhece o papel das forças de segurança no combate à pandemia, colocando-as entre as prioridades de vacinação dentro das funções essenciais do Estado".

 

3,2%Vacinados
Cerca de 3,2% da população portuguesa já recebeu, pelo menos, uma dose da vacina contra a covid-19.

 

Segundo dados oficiais, até às 00:00h de domingo, 14 de fevereiro, tinham sido administradas 523.349 vacinas em Portugal, sendo 328.819 referentes à primeira dose e 194.530 à segunda dose. Isto é, cerca de 3,2% da população portuguesa já tinha recebido, pelo menos, uma dose das três vacinas aprovadas pela agência europeia e já em distribuição no país: Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford.

 

"Pico" da vacinação nos meses de verão

 

Marcado pelas falhas no fornecimento das vacinas e pela troca de nomes na coordenação da "task force", o plano de vacinação português previa inicialmente imunizar cerca de dois milhões de pessoas até ao final do primeiro trimestre, mas em vez de 4,4 milhões vai receber apenas 1,9 milhões de doses, deixando assim um milhão de pessoas por vacinar neste período inicial.

 

A segunda fase vai ser concluída apenas durante o segundo trimestre, chegando aos maiores de 65 anos (tenham ou não doenças) e às pessoas entre os 50 e os 64 anos com patologias de risco. E a inoculação em massa (oito milhões de doses para quatro milhões de pessoas) deverá concentrar-se nos três meses de verão, obrigando à criação de grandes centros de vacinação e a recorrer às farmácias. No sábado, o primeiro-ministro, António Costa, reafirmou o objetivo de "chegar ao final do verão com 70% da população portuguesa devidamente vacinada".

"Prematuro" discutir passaporte de vacinação Este fim de semana, o Ministério da Economia considerou prematuro discutir a criação de um "passaporte de vacinação" com o intuito de facilitar as viagens de pessoas imunizadas contra a covid-19, uma ideia que está a dividir os parceiros na União Europeia. O gabinete do ministro Pedro Siza Vieira disse à Lusa que "Portugal tem acompanhado o desenvolvimento de várias soluções tecnológicas que têm como objetivo a retoma aérea, algumas das quais baseadas no conceito de 'passaportes turísticos de vacinação'", mas que é "fundamental que se definam primeiro regras sobre as condições segundo as quais se podem realizar viagens".
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