Ao longo do mês de Maio inscreveram-se nos centros de emprego 48.152 desempregados, menos 10% do que no mês anterior e menos 3% do que em período homólogo, segundo revela a informação publicada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). As séries publicadas pelo Banco de Portugal revelam que este é o número mais baixo em quatro anos, desde Abril de 2011.

Este dado refere-se ao fluxo de desempregados, reflectindo a soma de todos aqueles que ao longo do mês se vão inscrevendo como desempregados. É por isso tido como um indicador que antecipa as tendências no mercado de trabalho. Nos últimos meses, tinha dado sinais contrários: em Março e Maio este fluxo tinha aumentado face a período homólogo.

Algumas das pessoas que se inscrevem como desempregadas ao longo do mês conseguem emprego ou são colocadas em programas de políticas activas de emprego. Outras são anuladas, o que segundo noticiou o Público há algumas semanas é feito sem aviso prévio. O número de desempregados registados no final do mês depende do que vai acontecendo a estas pessoas.

A informação publicada esta sexta-feira, 19 de Junho, também revela que no final do mês de Maio estavam inscritas 554.070 pessoas como desempregadas, numa quebra de 13% face a período homólogo e de 3,4% face ao mês anterior. Para este número não contam, por exemplo, as pessoas que estão em estágios profissionais ou nalgumas outras medidas activas de emprego. A série do Banco de Portugal revela que o dado agora apresentado pelo IEFP para Maio é o mais baixo desde Agosto de 2011.

A fabricação de produtos minerais não metálicos, a construção e o comércio e reparação de veículos foram os sectores com maiores quebras no número de desempregados inscritos. Este número desceu em todas as regiões, mas de forma mais acentuada no Algarve, quer em termos homólogos (17,6%) quer em relação ao mês anterior (-13,2%).