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Gulbenkian cria fundo de emergência de 5 milhões de euros para combater covid-19

Fundação Calouste Gulbenkian avança com fundo de emergência de 5 milhões, aberto a contribuições de outros doadores, para fazer face ao impacto da covid-19 em Portugal em cinco áreas: Saúde, Ciência, Sociedade Civil, Educação e Cultura.

Sofia Costa/Record
23 de Março de 2020 às 16:43
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O conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian criou um fundo de emergência, num montante inicial de 5 milhões de euros, "que pretende contribuir para reforçar a resiliência da sociedade nos principais domínios de intervenção da Fundação", de modo a fazer face aos impactos da pandemia da covid-19 no país, anunciou a instituição em comunicado.

 

A fundação abre também este fundo a contribuições de outros doadores. Este fundo de emergência terá cinco vertentes - saúde, ciência, sociedade civil, educação e cultura.  

Na saúde vai contribuir para colmatar a escassez de material de proteção e equipamento médico; apoiar a deteção e diagnóstico e apoiar soluções de base tecnológica de implementação rápida.

 

A ciência beneficiará de um reforço do financiamento do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), "tendo em conta que dispõe de plataformas tecnológicas e competências científicas na área da imunologia, genómica, virologia e relação micróbio-hospedeiro, destinado a aumentar o conhecimento científico relativo à 2019-nCoV/COVID-19". Esta iniciativa será aberta e coordenada com outras instituições e estruturas de investigação em Portugal e no Estrangeiro, refere o comunicado. O IGC, juntamente com outras instituições na área de Lisboa, "está a desenvolver novos métodos de diagnóstico para produção e implementação em massa".

 

Nas medidas para a Sociedade Civil é lançado o projeto Gulbenkian Cuida destinado a organizações da sociedade civil que prestam apoio a idosos, um dos grupos de maior risco, em parceria com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. O objetivo é reforçar a capacidade de resposta destas organizações, designadamente no apoio domiciliário, na prestação de cuidados e serviços às pessoas mais isoladas. Por outro lado, haverá um apoio temporário à sustentabilidade das Organizações da Sociedade Civil com projetos atualmente financiados pela Fundação, para lhes permitir conservar os seus colaboradores com maior grau de precariedade durante este período de crise e continuar a sua atividade em favor das comunidades em que atuam. Está também incluída uma flexibilização às entidades beneficiárias, em todas as áreas, quanto ao planeamento dos projetos e à obtenção dos resultados, assegurando o pagamento nas datas acordadas, ou mesmo antecipando-o quando se justifique. 

 

O fundo de emergência será dirigido na área da educação para dar apoio aos estudantes carenciados, de modo a permitir-lhes um acesso ao ensino a distância durante o encerramento das escolas. Este projeto será desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação e prevê apoio através de meios digitais e conectividade para alunos com dificuldades económicas que comprovadamente não tenham internet em casa para aceder a conteúdos e aulas online. Haverá também o reforço das Bolsas Mais destinadas a estudantes com menos recursos financeiros que se candidatam pela primeira vez à universidade, com média de entrada superior a 18 valores.

O setor cultural e artístico também foi tido em conta neste fundo de emergência. Serão apoiados artistas ou entidades de produção artística que viram os seus projetos cancelados, "nas áreas em que a Fundação habitualmente atribui apoios, sob a forma de uma reposição parcial dos rendimentos perdidos, contribuindo para fazer face a despesas de subsistência". E, além disso, haverá manutenção e flexibilização dos apoios à criação já concedidos ou em processo de aprovação, permitindo a sua redefinição e recalendarização, de modo a garantir a permanência das estruturas de produção afetadas.

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