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Grécia: Chefe da diplomacia alemã apela à formação de um "governo sensato"

O Governo alemão exortou hoje os partidos políticos da Grécia para formarem um "governo sensato" e reafirmou o seu apoio às reformas exigidas pelo memorando firmado com os credores internacionais.

08 de Maio de 2012 às 15:30
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O executivo de Berlim segue "com grande preocupação" a situação política após as eleições legislativas de domingo, referiu o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle (na foto ao lado de Angela Merkel).

"Apelo a todos os dirigentes gregos para procurarem uma solução rápida para que se possa formar um governo sensato e estável", acrescentou o ministro.

Westerwelle, do Partido Liberal (FDP), garantiu que a Alemanha está disposta a "solidarizar-se" com a Grécia, mas sublinhou a necessidade de serem cumpridos os compromissos assinados pelos governos de Atenas sobre o programa de reformas.

O ministro alemão fazia alusão à incerteza política na Grécia, após o líder conservador, Antonis Samaras, vencedor das eleições, não ter conseguido reunir na segunda-feira os apoios necessários para formar um governo de coligação.

Alexis Tsipras, o líder da Coligação da Esquerda Radical (Syriza), o segundo partido mais votado nas eleições legislativas de domingo, foi hoje incumbido da mesma tarefa pelo Presidente Carolos Papoulias.

O presidente da comissão de relações exteriores do Parlamento alemão e membro da União Cristã-Democrata da chanceler Angela Merkel, também alertou hoje para o perigo de serem convocadas novas eleições, caso fracassem as negociações para a formação do governo.

"É raro garantir uma maioria estável num prazo tão curto. Na maioria dos casos, saem reforçadas as posições extremas, o que tornaria a situação ainda mais complexa", considerou Ruprecht Polenz em declarações à rádio pública.

A chanceler alemã disse segunda-feira que a situação política resultante das legislativas antecipadas na Grécia "não está isenta de complexidade", e após o reforço eleitoral dos partidos que se opõem ao programa de ajustamento e às duras medidas de austeridade que Atenas negociou com os credores públicos internacionais (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).

"Veremos qual será a constelação do governo", antes de recordar que a sua formação "é da exclusiva responsabilidade dos gregos".

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