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Governos finalizam extensão do plano Juncker até 2020

Plano criado em 2015 com 21 mil milhões de euros para alavancar 315 mil milhões de euros de investimento total na Europa até 2018 deve ser prolongado até 2020. Meta é chegar aos 500 mil milhões de euros.

Bruno Simão
21 de Junho de 2017 às 00:01
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O Conselho Europeu, que junta os chefes de Estado e Governo da União Europeia (UE), deverá dar na reunião de quinta e sexta-feira o selo final de aprovação à extensão do Plano Juncker até 2020, elevando de 315 para 500 mil milhões de euros a meta de investimento impulsionado pela iniciativa da Comissão Europeia.

O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, o braço financeiro do plano, é gerido pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), nasceu em 2015 com uma base de capital de 21 mil milhões de euros, e tem como objectivo mobilizar capital privado até a um total de 315 mil milhões de euros, apoiando projectos arriscados mas viáveis. Agora deverá ver o capital para 33,5 mil milhões de euros, e uma meta de investimento total de até 500 mil milhões de euros.

Concretizados dois terços do plano

Dados revelados terça-feira pela Comissão Europeia dão conta de  financiamento aprovado de 39 mil milhões de euros  na União Europeia (dos quais 24,1 mil milhões de euros já no terreno), o que deverá alavancar um investimento total de 209 mil milhões de euros, atingindo 66% da meta de 315 mil milhões.

"Em Junho de 2017, as operações aprovadas pelo Plano Juncker representavam um total de volume de financiamento de cerca de 39 mil milhões de euros. Estão localizados em 28 Estados-membros, e deverão impulsionar um investimento de mais de 209 mil milhões de euros", lê-se no balanço disponibilizado pelo serviços da Comissão Europeia, que  dão conta de 240 projectos de infraestruturas, e 283 acordos de financiamento de PME.

Os resultados são considerados um sucesso por Bruxelas, mas análises independentes – por exemplo do think tank "Bruegel" e do Tribunal de Contas Europeu – aconselham cautela na avaliação da sua eficácia: por um lado, os efeitos multiplicadores sobre o investimento privado poderão estar exagerados – em parte porque haveria investimento privado mesmo sem plano Juncker; por outro, não houve ainda tempo suficiente para avaliar os efeitos económicos da primeira leva de projectos.

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