Notícia
Katainen: Portugal deve “aproveitar momento optimista” para aumentar atracção do investimento
O vice-presidente da Comissão Europeia elogia o "momento positivo" da economia portuguesa, com o crescimento das exportações e a queda do desemprego, mas avisa que ainda há trabalho para fazer.
Jyrki Katainen, vice-presidente da Comissão Europeia, defendeu esta terça-feira, 20 de Junho, que Portugal deve aproveitar o momento optimista que vive para melhorar as condições que permitam aumentar o investimento no país.
Na Grande Conferência Anual do Jornal de Negócios, subordinada ao tema "Investimento em Portugal e na Europa", Katainen elogiou o desempenho das exportações portuguesas e a queda do desemprego, mas lembrou que ainda há trabalho a fazer, nomeadamente no que respeita à diminuição da dívida pública e do crédito malparado.
"Estou muito feliz em regressar a Portugal e ver o ambiente geral, pode perceber-se uma perspectiva mais optimista em relação ao futuro", afirmou Katainen, destacando que "muitos factores mudaram na direcção positiva"
"Estou feliz com as exportações. Portugal tornou-se muito rapidamente um país exportador, devido às reformas feitas nos últimos cinco anos. E a descida do desemprego também é encorajadora", concretizou.
Nesse sentido, e olhando para os próximos três a cinco anos, o vice-presidente da Comissão Europeia, Katainen sublinhou que Portugal "deve aproveitar este período económico positivo para melhorar o ambiente no sentido de aumentar o investimento estrangeiro directo".
Estando a aumentar as suas exportações, o país deve também apostar na formação profissional de qualidade, na opinião do antigo-ministro da Finlândia. "Quando os países exportam muito precisamos de profissionais bem formados, deve ter-se atenção à formação profissional e à sua qualidade".
Por outro lado, Katainen destacou a necessidade de melhorar o financiamento das pequenas e médias empresas portuguesas, uma missão que implica resolver o problema do crédito malparado.
"Em termos de necessidade de reformas, um dos desafios-chave que deve ser abordado é o crédito malparado. Enquanto isto for um problemas vai significar que os bancos não podem financiar tanto a economia como seria necessário", explicou.